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Regina Sousa acredita que erros no Enem podem ser propositais

“Significa desleixo, falta de atenção ou então é proposital para acabar o Enem", disparou a vice-governadora do Piauí.

A vice-governadora do Piauí Regina Sousa (PT) acredita que os erros relatados na aplicação, correção e divulgação de resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tenham acontecido com a finalidade de extinguir o método de aprovação nas universidades públicas do país.

A declaração foi dada durante entrevista ao GP1 nesta sexta-feira (31). A vice-governadora criticou o desempenho do ministro Abraham Weintraub, da Educação e os erros acontecidos na edição do Enem 2019. Regina avaliou que a problemática do Enem aconteceu como um “coroamento” do descaso com a Educação.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Regina SousaRegina Sousa

“Acho que primeiro a gente já vem com o descaso da Educação faz tempo, o Enem foi o coroamento. Diminuir os recursos das universidades, menosprezar os grandes educadores mostra o descaso na Educação e uma autossuficiência exagerada. Quando terminou o Enem, o ministro foi para a televisão e disse ‘este foi o melhor Enem de todos os tempos’”, afirmou.

Além de considerar um “desleixo” do Governo Federal com o Exame, Regina acredita que os erros podem indicar a tentativa de desestabilizar o regime que atualmente insere jovens nas universidades públicas.

“Significa desleixo, falta de atenção ou então é proposital para acabar o Enem, porque a gente teve notícia no começo que a intenção era acabar o Enem. Então isso é uma coisa muito ruim porque o Enem foi a consolidação do povo nas universidades”, continuou.

“Como é que você coloca uma menina em um curso que ela não escolheu? Ela aparece aprovada em um curso que não escolheu, já parece fraude. O ministro aceita rever a prova da filha de um amigo que pediu pelo Twitter. Isso é absurdo, é inacreditável”, finalizou Regina.

  • Foto: Frederico Brasil/Futura Press/Estadão ConteúdoAbraham WeintraubAbraham Weintraub

Erros no Enem

No dia 3 de novembro de 2019, primeiro dia de aplicação do Enem, houve o vazamento da proposta de redação poucos minutos após o início da prova. O MEC informou que o vazamento não prejudicou os candidatos.

Após ser divulgado o resultado individual dos candidatos, alguns concorrentes suspeitaram que as notas estavam incorretas. Dois dias depois o MEC informou que cerca de 6 mil provas apresentaram ‘inconsistência’, tendo sido corrigidas com gabarito diferente da prova que fizeram.

A Justiça Federal em São Paulo barrou então a divulgação da lista de aprovados, que terminou vazando nas redes sociais. O MEC, no entanto, informou que o resultado não era o “oficial”. O site do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) apresentou instabilidade.

Houveram também problemas na lista de espera, onde candidatos relataram ter sido inscritos em uma segunda opção de curso diferente do que escolheram. No caso das cotas para deficientes, o Ministério Público Federal (MPF) diz ter encontrado indícios de falhas.

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