Prefeito Dr. Pessoa faz balanço do primeiro ano de gestão

Durante entrevista exclusiva ao GP1, nessa sexta-feira (31/12), último dia de 2021, o prefeito de Teresina Dr. Pessoa (MDB) fez um balanço resumido do primeiro ano de administração à frente da Capital. De acordo com ele, o início foi “recheado” de surpresas negativas, haja vista que a situação financeira da cidade não era das melhores.

Dr. Pessoa falou que assumiu o executivo com zero recursos em caixa e as contas desorganizadas, além de uma dívida ativa no valor de R$ 350 milhões, aproximadamente.

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“Eu esperava uma cidade mais saneada economicamente falando, uma cidade mais organizada, com dinheiro em caixa. Deixaram zero de dinheiro em caixa e uma dívida ativa em torno de R$ 350 milhões e dívida de empréstimos outros, mais de R$ 1 bilhão e nós temos que pagar”, disse o prefeito.

“Dentro desses R$ 350 milhões de dívida ativa, está inserido o pagamento quase de imediato, dos precatórios, em torno de R$ 65 milhões, que já pagamos mais ou menos R$ 20 milhões. Então, encontramos uma terra mais ou menos arrasada, uma Teresina que a gente tinha uma perspectiva e encontramos outra”, lamentou Dr. Pessoa.

O prefeito afirmou que mesmo diante da adversidade do início de gestão, ele e toda equipe conseguiram organizar a administração, promovendo corte de gastos, para conseguir arcar sem atrasos, com as obrigações, a exemplo do pagamento do funcionalismo público.

“Quando começamos em 1º de janeiro de 2021, a primeira coisa foi saber como estava o cofre público, que estava zerado. Eu não sei se foi programado intencionalmente para que nós, no primeiro ano, não tivéssemos capacidade de pagar o que é de direito dos funcionários públicos. Mas pagamos a duras penas, sem pegar dinheiro emprestado e cortando de 15% a 20% [dos gastos], sem atropelar a administração pública”, recordou o gestor municipal.

“Tem coisa aí que só você vendo mesmo no papel, a gente comprovando. Por exemplo, limpeza de ar condicionado, transporte, conserto de carro, coisa absurda. Suponho eu que tinha desvio de conduta”, analisou.

Obras paradas

Dr. Pessoa revelou ainda que ao assumir o comando do Palácio da Cidade, encontrou mais de 90% das obras paralisadas, devido a vários fatores, dentre eles, a falta de pagamentos às empresas responsáveis.

“Encontramos mais de 90% das obras paradas, por causada da pandemia, mas também por conta de pagamentos atrasados. Os empresários disseram que não dariam continuidade devido a outros descontroles no relacionamento entre o Poder Executivo Municipal e os empresários”, detalhou o prefeito.

O prefeito da Capital explicou que embora o esforço feito para retomar a maioria das obras, algumas ainda estão paralisadas, como a construção do viaduto da Tabuleta, zona sul de Teresina.

“Para colocar isso nos trilhos, foi difícil, pois, quando sanamos as dívidas, os empresários não queriam mais. Mesmo pouca, tem obra que não foi possível ainda recomeçarmos, por exemplo, o viaduto da Tabuleta”, contou o chefe do executivo teresinense.

“Quanto a drenagem das águas da zona leste, não terminaremos no ano que vem, que já tem 18 anos e não fizeram nem metade da obra. Vamos entregar as obras de drenagem das lagoas da zona leste. As máquinas estão trabalhando com fervor, com atividade produtiva, mesmo agora nesse período chuvoso”, finalizou Dr. Pessoa.