Ednaldo Rodrigues foi reconduzido à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Após manifestações do Procurador-Geral da República, Paulo Gonet Branco, e da Advocacia-Geral da União nesta quinta-feira (4), o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes concedeu a liminar que o pôs novamente na cadeira mais alta da entidade.

A decisão acontece pouco depois das manifestações solicitadas à PGR e à Advocacia-Geral da União. A ação foi ingressada pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB).

Foto: Divulgação/CBF
Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF

Em caráter liminar, o relator do caso, Gilmar Mendes, ressaltou que via “evidente perigo de dano” e citou as chances do Brasil não ser inscrito no Pré-Olímpico da Venezuela, cujo prazo se encerra nesta sexta-feira (5), sem que a lista da CBF tenha sido enviada até o momento.

“... para evitar prejuízos dessa natureza enquanto esta Suprema Corte se debruça sobre os parâmetros constitucionalmente adequados de legitimidade do Ministério Público na seara desportiva, faz-se necessária a concessão de medida cautelar apta a salvaguardar a atuação – ao que tudo indica constitucional – do ente ministerial, consubstanciada em diversas medidas judiciais e extrajudiciais manejadas em todo país”, diz trecho da decisão proferida pelo ministro.

Na próxima semana, entre os dias 8 e 10 de janeiro, uma comitiva da Fifa deve visitar a CBF e se reunir com Ednaldo Rodrigues, agora reintegrado. A entidade, assim como Ministério do Esporte e a Associação de Futebol Argentino (AFA), também haviam demonstrado preocupação com os rumos da entidade.