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Teresina - Piauí

Enfermeiros ameaçam iniciar greve em Teresina após cortes nos salários

O presidente do Senatepi, Erik Riccely, afirmou que os trabalhadores foram pegos de surpresa na manhã deste sábado, quando perceberam cortes nos salários.

O Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Estado do Piauí – Senatepi – vai realizar uma assembleia extraordinária nesta segunda-feira, 2 de março, a fim de cobrar da Prefeitura de Teresina o fim de cortes nos salários do setor Covid-19, insalubridade e outras demandas que se não forem reparadas deverão dar um pontapé para o início de uma greve por tempo indeterminado.

A convocação foi feita neste sábado (27) chama todos os profissionais vinculados à Fundação Municipal de Saúde (FMS) para tratar das seguintes pautas: corte da majoração da insalubridade; corte do adicional de plantão; corte de salários do setor Covid; descontos abusivos por faltas; uso das verbas do Previne sem repassar a categoria; paralisação de advertência e greve por tempo indeterminado, caso não haja acordo.

Em entrevista ao GP1, o presidente do Senatepi, Erik Riccely, afirmou que os trabalhadores foram pegos de surpresa na manhã deste sábado, quando perceberam cortes nos salários bastante significativos.

“O pessoal teve uma surpresa hoje quando acordou e viu que o contracheque estava disponível, mas com cortes pela metade, plantão extra, insalubridade, enfim. Tem profissional que estava esperando receber R$ 2.500,00, mas recebeu R$ 1.300,00, outros que estavam esperando receber R$ 3 mil, mas recebeu somente R$ 900,00. Então, os cortes são os mais variados, inclusive, há profissionais que tiraram 10 plantões e receberam R$ 540,00. Nós vamos nos reunir na terça-feira, mas na segunda-feira eu vou até a FMS tentar falar com o Gilberto Albuquerque. O pessoal disse que sem salário não vai trabalhar”, pontuou.

Os cortes ocorrem justamente no período em que os órgãos de Saúde convocam a população para ajudar no controle do coronavírus, respeitando as medidas restritivas adotadas pelo Município, no entanto, os profissionais de saúde que atuam na linha de frente cobram da Fundação Municipal de Saúde uma posição quanto às perdas percebidas no contracheque.

O que diz a FMS

Por meio de nota, a Fundação Municipal de Saúde afirmou que os cortes não atingiram os salários dos profissionais, mas o acréscimo temporário de 20% de insalubridade que estava sendo disponibilizado pelo Ministério da Saúde, porém, foi finalizado em 31 de dezembro do ano passado.

Confira a nota na íntegra:

A Fundação Municipal de Saúde informa que não teve redução real de salários dos profissionais que trabalham na área da saúde de Teresina. Os salários, insalubridade e plantão estão sendo pagos rigorosamente em dia. O que houve foi o fim do acréscimo temporário (até dia 31 de dezembro de 2020) de 20% no valor da insalubridade que foi autorizado em pelo Governo Federal, através do Ministério da Saúde, com aporte de recursos específico para essa finalidade.

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