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Maranhão

PF deflagra operação contra fraudes e lavagem de dinheiro na Codevasf

Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e 1 de prisão temporária em cinco municípios.

A Polícia Federal no Maranhão deflagrou, na manhã desta quarta-feira (20), Operação Odoacro, com a finalidade de desarticular uma associação criminosa estruturada para promover fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro, envolvendo verbas federais da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e 1 de prisão temporária nos municípios de São Luís, Dom Pedro, Codó, Santo Antônio dos Lopes e Barreirinhas.

Foto: Divulgação/PF-MADinheiro apreendido
Dinheiro apreendido

Ao todo, 80 policiais federais cumpriram os mandados que foram expedidos pela 1ª Vara Federal de São Luís, após representação da Polícia Federal.

Investigação

De acordo com a PF, a investigação constatou a existência de esquema de lavagem de dinheiro, perpetrado a partir do desvio do dinheiro público proveniente de procedimentos licitatórios fraudados.

As diligências apontaram ainda para a utilização do mesmo modus operandi, inclusive, com as mesmas pessoas e empresas de fachada, de condutas realizadas em 2015, quando a Polícia Civil conseguiu identificar uma associação criminosa instituída para desviar recursos públicos do Município de Dom Pedro, no Maranhão.

Foto: Divulgação/PF-MARelógios e bolsas apreendidos
Relógios e bolsas apreendidos

Após a referida operação policial, notou-se que o esquema criminoso não recuou, ao contrário, acabou crescendo exponencialmente nos anos posteriores, alterando, apenas, a origem da verba desviada - que passou a ser federal.

Foi descoberto então que foram constituídas pessoas jurídicas de fachada, pertencentes formalmente às pessoas interpostas e ao líder dessa associação criminosa, para competir entre si, com o objetivo de sempre se sagrar vencedora das licitações à empresa principal do grupo, a qual possui vultosos contratos com a Codevasf.

O líder do grupo criminoso, conhecido como Imperador, além de colocar as suas empresas e bens em nome de terceiros, ainda possui contas bancárias vinculadas a CPFs falsos, utilizando-se desse instrumento para perpetrar fraudes e dificultar a atuação dos órgãos de controle.

Penas

Se confirmadas as suspeitas, os investigados poderão responder por fraude à licitação, lavagem de capitais e associação criminosa. Somadas, as penas podem chegar a 16 anos de prisão.

Nome da operação

Como a associação criminosa é liderada por um investigado apelidado de “Imperador”, a ação policial foi denominada de “Operação Odoacro”, em referência ao sobrenome do soldado italiano que capitaneou uma revolta que colocou fim ao Império Romano.

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