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Conheça a origem da festa mais popular do Brasil que se tornou sua marca registrada

A festa mais popular do país é o Carnaval. Muitos, porém, não conhecem a origem dessa festa tão difundida Brasil afora e que se tornou símbolo nacional.

Imagem: ReproduçãoClique para ampliarMomentos diferentes da história do carnaval(Imagem:Reprodução)Momentos diferentes da história do carnaval
A festa mais popular do país é o Carnaval. Muitos, porém, não conhecem a origem dessa festa tão difundida Brasil afora e que se tornou símbolo nacional.

O Carnaval é uma herança das diversas comemorações realizadas na Antiguidade por vários povos como os egípcios, hebreus, gregos e romanos. Esses festejos pagãos eram realizados para celebrar grandes colheitas e, sobretudo, louvar divindades.

carrum navalis

Estima-se que as mais importantes festas ancestrais do Carnaval tenham sido as "saturnais", realizadas na Roma antiga em exaltação ao deus da agricultura Saturno. Na época dessa celebração, as escolas fechavam, os escravos eram soltos e os romanos dançavam pelas ruas. Havia até mesmo uma espécie de "bisavô" dos atuais carros alegóricos que carregavam homens e mulheres nus e eram chamados de carrum navalis, algo como "carro naval", pois tinham formato semelhante a navios.

carnem levare

Imagem: Foto: ReproduçãoClique para ampliarRepresentação do Carnaval em Roma. A festa se chamava Saturnália, em louvor ao Deus Saturno(Imagem:Foto: Reprodução)Representação do Carnaval em Roma
Para alguns pesquisadores a origem da palavra carnaval vem exatamente da expressão romana carrum navalis. No entanto, a maioria dos especialistas acredita que o termo vem de outra expressão latina: carnem levare, que significa "retirar ou ficar livre da carne".

Carnem levare é uma expressão originada na Idade Média, quando aquelas festividades pagãs foram congregadas pela Igreja Católica, transformando-a uma comemoração ligada à igreja. O Carnaval seria a festa que marca os últimos dias de "liberdade" antes das restrições impostas pela Quaresma. Nesse período de penitência para os cristãos (durante os 40 dias antes da Páscoa), o consumo de carne era proibido.

Datas

A variação da data do Carnaval no calendário se deve justamente à ligação direta com a Páscoa - que, no hemisfério sul, sempre acontece no primeiro domingo após a primeira lua cheia do outono. Determinada a data do feriado cristão, basta retroceder 46 dias no calendário (40 da Quaresma mais seis da Semana Santa) para se chegar à Quarta-Feira de Cinzas.

Diferenças

Imagem: Foto: ReproduçãoClique para ampliarEntrudo na rua do Ouvidor na Bahia em 1884(Imagem:Foto: Reprodução)Entrudo na rua do Ouvidor na Bahia em 1884
As maneiras de comemorar o Carnaval tornaram-se diferentes nos países católicos que mantiveram a celebração. No Brasil, foi grande a influência do "entrudo", uma folia feita em Portugal, onde eram comuns as brincadeiras com água.Na época utilizavam baldes e latas d’água, lama, laranjas, e até ovos e limões-de-cheiro – que eram pequenas bolinhas de cera fina recheadas com água e outras substâncias. 

No Brasil o carnaval é uma folia globalizada. A festa brasileira mistura brincadeiras e costumes de outros países com criações nacionais. Outra tradição é o hábito de homens se vestirem com trajes femininos. Há registros do transformismo na folia de rua desde o início do século 20. Essas comemorações não contavam com músicas.

Marchinhas de carnaval e Zé Pereira

O ritmo passa a fazer parte do carnaval brasileiro no final do século 19, culminando com o surgimento da canção “Ó abre alas” composta pela maestrina Chiquinha Gonzaga, em 1899, para o bloco carnavalesco Rosa de Ouro, do Andaraí, no Rio de Janeiro e considerada a primeira canção escrita especialmente para um bloco de Carnaval.

Os blocos carnavalescos por sua vez surgiram em meados do século 19. O primeiro de que se tem notícia é creditado ao sapateiro português José Nogueira de Azevedo Prates, o Zé Pereira. Em 1846, ele saiu pelas ruas do Rio de Janeiro tocando um bumbo. A balbúrdia atraiu a atenção de outros foliões, que foram se juntando ao músico solitário. Já os bailes dos mascarados vem de tradições de alguns países da Europa, como a Itália, já no século 13. No entanto, tais festas eram restritas à nobreza. Foi a partir do século 19 que máscaras e fantasias começaram a se tornar mais populares. Nessa época, os personagens de maior sucesso eram o Pierrô, o Arlequim e a Colombina (da commedia dell’arte italiana), além de trajes de caveiras, burros e diabos.

Imagem: Foto: ReproduçãoBlocos de carnaval fazem parte das tradições carnavalescas(Imagem:Foto: Reprodução)Blocos de carnaval fazem parte das tradições carnavalescas

Imagem: ReproduçãoBonecos de Olinda nos blocos de carnaval(Imagem:Reprodução)Bonecos de Olinda nos blocos carnavalescos

Trios elétricos

O trio-elétrico é a invenção mais nova do Carnaval do Brasil. Os músicos baianos Dodô e Osmar, em 1950 1950, quando, conhecidos como "dupla elétrica", equiparam um capenga Ford 29 com dois alto-falantes e saíram tocando pelas ruas de Salvador. Foi um sucesso. No ano seguinte, o Ford foi trocado por uma picape e a dupla convidou Themístocles Aragão para compor, agora sim, um "trio elétrico".

Imagem: Foto: ReproduçãoTrio eletrico de Osmar, Dodô e Fobica(Imagem:Foto: Reprodução)Trio eletrico de Osmar, Dodô e Fobica

Imagem: Foto: ReproduçãoTrio elétrico dos carnavais atuais(Imagem:Foto: Reprodução)Trio elétrico dos carnavais atuais

Tradição em todo o país

Hoje o carnaval é marca registrada do Brasil, que se manifesta das mais diferentes formas, como as escolas de samba da região sudeste, os bois da região norte e os blocos e trios do nordeste. *Com informações da Revista Mundo Estranho

Imagem: ReproduçãoCarro alegórico em desfiles das escolas de samba(Imagem:Reprodução)Carro alegórico em desfiles das escolas de samba

Imagem: ReproduçãoPassista de escola de samba(Imagem:Reprodução)Passista de escola de samba



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