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Política

“Dilma está sendo torturada mais uma vez”, diz Regina Sousa

A senadora alegou que o processo de impeachment ocorreu através de acordos políticos nos parlamentos e citou o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

Em sessão que analisa o parecer do senador Antonio Anastasia (PSDB) sobre o impeachment de Dilma Rousseuff, a senadora petista Regina Sousa, voltou a defender a presidente afastada e reafirmou que o processo é um golpe político. A senadora chegou a comparar o impedimento às torturas ocorridas durante a ditadura militar. 

Regina Sousa iniciou o discurso repudiando a determinação que proíbe manifestações políticas nos espaços onde ocorrem as disputas olímpicas no Rio de Janeiro, além da aparição breve de Michel Temer na cerimônia de abertura das Olimpíadas. “Vai mal um país cujo presidente não tem nome, nem rosto, que pede para não ser anunciado e que sua imagem não apareça no telão. Balbuciou quatro palavras e levou uma sonora vaia que a Rede Globo conseguiu abafar com aplausos de seis acompanhantes do interino”, declarou.  

  • Foto: Jefferson RuddyRegina Souas em discurso no SenadoRegina Souas em discurso no Senado

Apesar de afirmar que não iria comentar o parecer emitido por Anastasia, Regina alegou que o processo de impeachment ocorreu através de acordos políticos nos parlamentos e citou o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha. “Aqui se concretiza uma vingança. Negaram três votos do PT a Eduardo Cunha e ele acatou a denúncia contra a presidenta Dilma, numa chantagem explícita, como disse o advogado acusador subscritor da denúncia”, disse.

Ao final de sua fala, a petista fez uma comparação das etapas do processo de impedimento às torturas sofridas por Dilma Rousseff no período da ditadura militar no Brasil. “Dilma está sendo torturada mais uma vez, agora por uma maioria política que se juntou para conspirar. Gente que se locupletou do governo até as vésperas de 17 de abril. Hoje, ministros, ex-ministros e senadores fazem discurso contra ela como se não tivessem sido partícipes do seu governo”. 

  • Foto: AscomRegina Sousa em sessão que analisa o parecer da comissão especial no SenadoRegina Sousa em sessão que analisa o parecer da comissão especial no Senado

A sessão que analisa o relatório da comissão especial do impeachment teve início por volta das 9h e deve se estender pela madrugada desta quarta-feira (10). O parecer recomenda que Dilma Rousseff seja levada a julgamento final. Na primeira fase da sessão, os senadores discutem o documento e em seguida deve ocorrer a votação. 

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