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Política

Elmano e Regina Sousa votam contra impeachment e Ciro a favor

Na manhã desta quinta-feira (12), o primeiro secretário do Senado, senador Vicentinho Alves (PR-TO), levará ao Palácio do Planalto a notificação da decisão do Senado.

O senador Ciro Nogueira (PP) votou pela abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, por entender que há indícios suficientes de que ela cometeu crime de responsabilidade, infringindo a Constituição Federal e a lei 1079/1950. Já os senadores Regina Sousa (PT) e Elmano Férrer (PTB) votaram contra. A votação ocorrida as 6h34 horas desta quinta-feira teve 55 votos a favor e 22 contra.

A expectativa nessa votação era o voto de Elmano, que há três semanas havia divulgado uma nota afirmando que votaria pelo impeachment, mas circulava nos meios políticos a informação de que o senador teria mudado o voto, o que se confirmou na manhã de hoje.
Imagem: Lucas Dias/GP1Elmano Férrer(Imagem:Lucas Dias/GP1)Elmano Férrer
Na manhã desta quinta-feira (12), o primeiro secretário do Senado, senador Vicentinho Alves (PR-TO), levará ao Palácio do Planalto a notificação da decisão do Senado. A própria Dilma Rousseff deverá receber o documento. Levará também uma notificação comunicando ao vice-presidente Michel Temer que ele é o governante em exercício.

Assim, Dilma se afasta do cargo por um prazo máximo de 180 dias, período em que os senadores concluirão esse processo e decidirão se efetivamente ela cometeu crime de responsabilidade. Michel Temer deve assumir ainda hoje a Presidência da República. Dilma Rousseff manterá direitos, como residência no Palácio da Alvorada, salário integral e uma equipe de funcionários para auxiliá-la.
Imagem: Lucas Dias/GP1Senador Ciro Nogueira (Imagem:Lucas Dias/GP1)Senador Ciro Nogueira
Em seu discurso, Ciro Nogueira afirmou que seu voto é pelo fim da crise e para proteger os brasileiros. “Precisamos urgentemente avançar e proteger os brasileiros, principalmente aqueles mais pobres que não podem mais suportar uma crise econômica, que se não for urgentemente superada, poderá por em risco o nosso tecido social, por isso senhor presidente, voto a favor do fim da crise, voto a favor do Brasil”, declarou o senador no plenário da Câmara.
Imagem: Lucas Dias/GP1Regina Sousa (Imagem:Lucas Dias/GP1)Regina Sousa
Na sua fala, Regina Sousa disse que o processo de impeachment é essencialmente político: "Eu não vou aqui falar de pedaladas, se houve crime se não houve crime. Eu vou falar de política porque esse processo é essencialmente político. Foi a política que decidiu que decidiu que a presidente Dilma não governaria. Tomada a decisão, depois de apontar quem seria a criminosa partiu-se para achar o crime e não venham apontar que é a economia porque esse pais já passou por vários momentos graves e não de depôs governante".

Regina continuou: "Alguém disse que o Lula pegou o país redondinho. Taxa de juros de 25,5% é um país redondinho? Valia tudo no propósito de derrubar a Dilma, dizia-se da necessidade de ajuste fiscal e quando ele veio dificultou-se a sua aprovação, discursos sindicalistas na boca de escravocratas cheiravam mal, dizia que era preciso combater a corrupção, a presidente enviou para o Congresso o pacote anticorrupção que sequer foi lido, não aprovaram em 2014 o orçamento, boicotaram e aprovaram em abril de 2015, aproveitavam-se enquanto podiam da operação Lava Jato para paralisar o país com o devido apoio dos setores do judiciário, do Ministério Público, da Polícia Federal, dos empresários e principalmente de uma grande rede de TV, além de jornais e revistas conhecidamente golpistas, os vazamentos seletivos eram direcionados a um partido, o Partido dos Trabalhadores, acabou-se o segredo de Justiça”.

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