O piauiense Francenildo Santos Costa comentou sobre a prisão do ex-ministro Antônio Palocci, que ocorreu na manhã desta segunda-feira (26), em entrevista à Época. O ex-caseiro ficou nacionalmente conhecido após declarar farras de Palocci em uma mansão na cidade de Brasília.
- Foto: Cristiano MarizFrancenildo Santos Costa
“Quando eu vi a notícia veio tudo na minha cabeça”, disse ele se referindo à agitação que viveu em 2006. Na época, Francenildo teve seu sigilo bancário quebrado após ser acusado de receber R$ 38 mil para depor contra Palocci, mas depois provou que havia recebido R$ 24.990,00 de seu pai biológico para evitar um processo de paternidade.
Francenildo disse que não se surpreendeu com a prisão. “Eu já estava esperando que isso ia acontecer. É aquela coisa de que a hora vai chegar”, ressaltou. Mas, ele disse ainda que “tanto faz” Palocci solto ou preso. O ex-caseiro garantiu que, na época, se sentiu aliviado por denunciar as festas do ex-ministro acusado de desvios de dinheiro público.
Entenda
Em meio ao escândalo do mensalão, Francenildo descreveu o que viu na mansão em que trabalhava no Lago Sul, região nobre de Brasília. Em 2006, ele foi chamado a depor após dar entrevista sobre os fatos. Ele confirmou em depoimento à CPI dos Bingos que Palocci usava a mansão para dar festas e reuniões de hobby, usando seu cargo e prestígio para obter vantagens.
Francenildo hoje se dedica a atividades como pintura de casas e serviços de jardinagem. “Eu faço de tudo, menos roubar”, se defende. Dez anos após o escândalo, ele aguarda a resolução do processo contra a Caixa Econômica Federal pedindo indenização por ter seu sigilo bancário quebrado e suas informações publicadas. “O processo está no mesmo, a indenização não sai”, contou.
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