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Política

Cunha reúne líderes para definir impeachment da presidente Dilma

O encontro está marcado para as 11h30.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, marcou para esta quinta-feira (03), às 11h30, reunião com líderes dos partidos da Casa para definir o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Segundo o G1, o peemedebista fez a abertura do processo com base no pedido feito pelo jurista Hélio Bicudo e Miguel Reale Junior apresentado no mês de outubro. O documento alega que a presidente descumpriu Lei de Responsabilidade Fiscal ao ter editado decretos liberando crédito extraordinário, em 2015, sem o aval do Congresso Nacional.

Imagem: Jorge William/Agência O GlobPresidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (Imagem:Jorge William/Agência O Glob)Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha

Além da reunião com os líderes na Casa, haverá também leituras em plenário da decisão de Cunha de abrir o processo e da íntegra do pedido apresentado pelos juristas, que possui mais de dois mil páginas. A partir desse momento, ficará criada a comissão especial que analisará o caso. Com a criação dessas medidas, é iniciado formalmente no Congresso o processo para afastar a chefe do Executivo do cargo.

Pedido


O documento protocolado pelos juristas traz uma série de alegações técnicas e jurídicas para sustentar os argumentos de que a petista deve perder o cargo por ter cometido crimes de responsabilidade ao incidir na prática das chamas pedaladas fiscais.

Indignação da presidente


Na noite desta quarta-feira (02), a presidente Dilma Rousseff, em pronunciamento no Palácio do Planalto, comentou a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de acolher o pedido de abertura do impeachment. "Recebi com indignação a decisão do presidente da Câmara", lamentou a presidente.

A petista declarou que a população não pode deixar que conveniências abalem a democracia e a estabilidade do país e voltou a negar que tenha cometido qualquer irregularidade. "Não existe nenhum ato ilícito praticado por mim", enfatizou.

A presidente pediu tranquilidade e afirmou acreditar na democracia. "Temos que ter tranquilidade e confiar nas instituições do Estado democrático. Tenho convicção e absoluta tranquilidade quanto à improcedência desse pedido", disse a presidente.

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