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Luz para iluminar a escuridão política e judiciária


Não se pode deixar de passar em branco para mostrar como jeitinho maroto brasileiro e oportunista atinge os mais diferentes segmentos de nossa estrutura pública. Já foi por demais divulgada que a festa de posse do imberbe ministro do STF, José Antônio Dias Toffoli, foi bancada com dinheiro público (R$ 40 mil) da Caixa Econômica Federal.

É evidente que isso é mínimo se consideramos as grandes notícias de irregularidades envolvendo figurões e entes (políticos) da administração pública brasileira. Mas o que nos chama a atenção é a disposição "inocente" e irresponsável com que representantes políticos do governo vêm defender essas disfunções patrocinadas por uma instituição pública.

Pois bem, o deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP) aduz que a Caixa Econômica Federal está disputando mercado com todos os bancos e patrocina eventos em vários ramos. Tudo seria aceitável se o nosso dinheiro não estivesse sendo empregado para deleite de entidades públicas. Enquanto isso, a pobreza vicejante nos moradores de ruas e sob viadutos de todas as cidades brasileira amarga a incompreensão política, judiciária e governamental.

Por outro lado, se a Justiça considera isso legal e moral, está explicada a razão por que crimes de corrupção ou falcatruas políticas permanecem impunes, e na maioria das vezes os processos políticos prescrevem nos armários ou gavetas dos tribunais. Assim, só lamentamos a triste constatação: quando for para tirar proveito em benefício próprio, o Judiciário se mostra democrático, quer dizer, conivente com as mesmas práticas irregulares. Estamos perdidos. O jeitinho corrupto nacional parece que está no DNA brasileiro.

Feliz Natal e próspero Ano Novo! E que novas luzes se acendam para iluminar a escuridão de muitos políticos e de nosso Judiciário.

*Julio César Cardoso, bacharel em Direito e servidor federal aposentado

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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