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Imagem: Divulgação / GP1Clique para ampliarGovernador Wilson Martins(Imagem:Divulgação / GP1)Governador Wilson Martins
O governador Wilson Martins está encontrando dificuldades praticamente incontornáveis para embarcar todos os aliados na "Arca de Noé" em que se transformou o seu governo. Inicialmente, ele agasalhou o seu PSB - a quem entregou as melhores secretarias -, o PMDB e o PT, aliados de primeira hora, ambos contemplados também com pastas apetitosas.

Ato contínuo, o governador embarcou no governo o PCdoB e o PDT. O PTB do senador João Vicente e o PP do senador eleito Ciro Nogueira refugaram o pau da porteira, a exemplo do PTC do solitário deputado eleito Evaldo Gomes. Embora dispondo de aproximadamente 40 secretarias ou órgãos que tem status de secretaria, o governo ofereceu-lhes apenas o chocho Idep (Instituto de Desenvolvimento do Piauí).

A coligação do governo elegeu 17 deputados na eleição passada, sendo 5 do PSB, 6 do PMDB, mais 5 do PT e 1 do PCdoB. No segundo turno, subiram ao palanque do governador os 3 deputados eleitos pelo PTB, 2 do PDT, 1 do PP e mais 1 do PTC, totalizando 24 parlamentares. A oposição enfrentou o segundo turno com 3 deputados tucanos, 2 do DEM e 1 do PPS. Nessas contas não entra um ou outro parlamentar que, no segundo turno, tenha atuado por debaixo dos panos ou lavado as mãos com a candidatura apoiada por seu partido.

O fato é que, na composição de sua equipe, o governador procurou abrigo, primeiramente, para os aliados de primeira hora. Há quem responsabilize o senador João Vicente, presidente regional, pela falta de prestígio do PTB junto ao novo governo, pelo fato de o senador ter se ausentado completamente das negociações. A hipótese não tem consistência, pois o senador Ciro passou o tempo todo empenhado em abrir espaço para seu PP e também não conseguiu nada.

A estas alturas, o governador fará bem se resistir às pressões e deixar que os 6 parlamentares descontentes procurem seu caminho e se juntem aos 6 da oposição. Ainda assim, ele terá maioria folgada na Assembleia, não será refém de interesses partidários de adesistas e ficará com algum fôlego para governar sem a necessidade de lotear todo o seu governo.

*Zózimo Tavares é editor chefe do Jornal Diário do Povo

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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