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*Zé da Cruz
Imagem: Wanessa Gommes/GP1Zé da Cruz(Imagem:Wanessa Gommes/GP1)Zé da Cruz
Vocês percebem que sempre cito alguns dizeres do tipo “gato escaldado tem medo de água fria”, “quem vê as barbas do vizinho pegando fogo, bote as suas de molho”, “macaco velho não mete a mão em cumbuca” e por aí vai. Um amigo que diz que eu enfeito demais e que deveria fazer como o Helmany Pinto (eca!) e ir direto ao assunto. Mas o que é interessante na leitura é você discorrer silenciosamente pelas palavras, poder achar isso legal, até chegar ao fim, e começar tudo de novo.

Pois bem, vamos ao tema desse texto: não tenho interesse em partidarizar as coisas, pois partido é que nem “fiofó”, cada um tem o seu, mas quando é preciso cortar na carne eu corto, e vocês são provas e testemunhas disso. Agora essa do PSDB se fazer de “João Com Braço”, e achar que o príncipe tucano professor pardal será o arauto dos Tucanalhas com aval do eleitor para a sucessão de 2012, é demais. Valei-me meu Pai do céu. Deus me livre guarde. Deus é mais. Ninguém pode mais do que Deus. Deus nos livre dessa má hora. Uns homens que durante vinte anos de império da dinastia tucana praticaram o coronelismo, o corporativismo, o centralismo e a corrupção não podem voltar ao poder.

Só louco pra querer trazer de volta os megalomaníacos tucanos. Já nos basta a catástrofe iniciada vinte anos atrás com a total desorganização na administração da cidade e até do país. Em toda sua história, o Brasil registrou dois grandes roubos e usurpação do patrimônio público: o primeiro aconteceu quando D. João VI voltou a Portugal e levou só tudo. Aliás, acredito que surgiu daí a frase “Brasil, país da impunidade”. O segundo foi quando FHC começou a privatizar (ou seria melhor dizer roubar?) o Brasil vendendo suas maiores fontes de riqueza. As boas línguas dizem que ele ficou com o filé, deu o contrafilé para os amigos e dos ossos mandou fazer um caldo para o povo. Daí começou o bolsa-família que eles se gabam de terem criado, mas foi o Lula que turbinou o programa arrochando na distribuição de renda e fazendo dar certo.

Fico preocupado com essa dos tucanos de querer voltar a qualquer custo, a qualquer preço. Meu medo é porque eles são capazes de tudo. O professor pardal, que de vereador pulou para deputado, foi prefeito e quer ser de novo, foi pra televisão dizer que os tucaleone foram traídos, que poderiam fazer muito mais, e que é o melhor para Teresina. Ele fez toda uma ladainha de político sem eira nem beira próximo à bancarrota. O “homi” quase chora. Só não chorou porque o apresentador não deu trela, e fez questionamentos que lhe deixaram de bermuda.

Imagino como pode um povo desse querer voltar para a prefeitura, se em vinte anos nunca conseguiram fazer uma política para o transporte publico que é um caos com a inexistência de paradas, sucateamento da frota, baixos salários dos trabalhadores, altíssimas passagens, ausência de viadutos e o pior: uma malha viária que só serve pra causar acidente com crateras que cabem um ônibus em pleno região central. Se fosse pra fazer uma avaliação intergaláctica Teresina seria comparada à lua. Pela falta de um planejamento voltado para promover a seriedade do trânsito: “tucanalha nunca mais”.

Na área da saúde levaram vinte anos para construir o HUT e só concluíram porque o Lula ajudou. O que era pra ser um hospital de referência para todo o Piauí, foi transformado em menos de três meses, pela administração tucana, num abatedouro humano com reserva, e excesso de mercadoria no salão principal e nas macas espalhadas pelos corredores. A imagem verdadeira do descaso e da negligencia, por isso “tucanalha nunca mais”. Com relação à política habitacional é grande a quantidade de loteamentos irregulares. Ninguém consegue uma certidão de imóvel porque a prefeitura nunca fez a regularização fundiária, tirando o sono de milhares de teresinenses, por isso reafirmo “tucanalha nunca mais”.

Por ter suspendido o orçamento popular, porta de entrada dos serviços públicos nas comunidades, deixando Teresina jogada pras cobras e a periferia de tanga chupando manga: “tucanalha nunca mais”. Por último, por agir só na base da propaganda, deixando o povo com circo, mas sem pão, sem saúde, sem moradia: “tucanalha nunca mais”.

Hoje eu não troco um Elmano por vinte Firmino, que, aliás, pensa que o eleitor esqueceu a traição de 2002. Por isso digo: quem pode, pode; quem não pode usa mode. Se “nois” voltar a tucanada “nois” se F...

*Zé da Cruz poeta é liderança comunitária

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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