A Comissão Executiva Nacional do União Brasil aprovou, por unanimidade, o pedido cautelar de expulsão do deputado federal Chiquinho Brazão (RJ) do partido. O anúncio do cancelamento da filiação partidária do parlamentar foi feito na noite desse domingo (24), mesmo dia em que Brazão foi preso, suspeito de mandar matar a vereadora Marielle Franco.

O pedido de afastamento do parlamentar foi feito pelo deputado federal Alexandre Leite (União-SP), e relatada pelo senador Efraim Filho (União-PB), após abertura de processo disciplinar contra Brazão feito pelo presidente do partido, Antônio Rueda. Em nota, a sigla afirmou que a suposta atuação dele no assassinato da vereadora carioca implicou em três condutas ilícitas.

“A decisão da Executiva Nacional aponta que Brazão incide em ao menos três condutas ilícitas previstas no artigo 95 do Estatuto: atividade política contrária ao Estado Democrático de Direito, ao Regime Democrático e aos interesses partidários; falta de exação no cumprimento dos deveres atinentes às funções públicas e partidárias e violência política contra a mulher”, explicou a legenda em nota.

Em publicação que esclareceu sobre a decisão da sigla, a comissão do União Brasil também destacou que não compactua com a suposta conduta do deputado federal, repudiando de maneira enfática qualquer crime que atente contra a vida, o Estado democrático violência contra a mulher.

Caso Marielle Franco

Além do deputado federal Chiquinho Brazão, o irmão dele, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, foram presos nesse domingo (24) pela Polícia Federal, acusados de encomendar a morte da vereadora Marielle Franco, assassinado em março de 2018.