O Ministério das Relações Exteriores divulgou, nesta terça-feira (26), um posicionamento sobre a eleição presidencial na Venezuela. O órgão do Governo Federal afirmou que acompanha o processo eleitoral no país vizinho com “expectativa e preocupação”.

“O governo brasileiro acompanha com expectativa e preocupação o desenrolar do processo eleitoral naquele país”, diz um trecho do pronunciamento.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Nicolás Maduro e presidente Lula

Na nota, o Itamaraty ressaltou o fato de Crina Yoris, opositora à ditadura de Nicolás Maduro, ter a candidatura barrada, sem maiores explicações. “A candidata indicada pela Plataforma Unitaria, força política de oposição, e sobre a qual não pairavam decisões judiciais, foi impedida de registrar-se, o que não é compatível com os acordos de Barbados. O impedimento não foi, até o momento, objeto de qualquer explicação oficial”, consta em outro trecho

Por fim, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que o Brasil irá cooperar para que o pleito anunciado para 28 de julho “constitua um passo firme para que a vida política se normalize e a democracia se fortaleça na Venezuela”.

Leia na íntegra a nota do Itamaraty:

Esgotado o prazo de registro de candidaturas para as eleições presidenciais venezuelanas, na noite de ontem, 25/3, o governo brasileiro acompanha com expectativa e preocupação o desenrolar do processo eleitoral naquele país.

Com base nas informações disponíveis, observa que a candidata indicada pela Plataforma Unitaria, força política de oposição, e sobre a qual não pairavam decisões judiciais, foi impedida de registrar-se, o que não é compatível com os acordos de Barbados. O impedimento não foi, até o momento, objeto de qualquer explicação oficial.

Onze candidatos ligados a correntes de oposição lograram o registro. Entre eles, inclui-se o atual governador de Zulia, também integrante da Plataforma Unitaria.

O Brasil está pronto para, em conjunto com outros membros da comunidade internacional, cooperar para que o pleito anunciado para 28 de julho constitua um passo firme para que a vida política se normalize e a democracia se fortaleça na Venezuela, país vizinho e amigo do Brasil.

O Brasil reitera seu repúdio a quaisquer tipos de sanção que, além de ilegais, apenas contribuem para isolar a Venezuela e aumentar o sofrimento do seu povo.