A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ministro Cristiano Zanin seja declarado suspeito para julgar o recurso contra a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o tornou inelegível por oito anos. O requerimento foi apresentado nessa quinta-feira (18).

O processo foi distribuído a Zanin por meio de sorteio, realizado em dezembro do ano passado.

Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF
Ministro Cristiano Zanin

Os advogados alegam que Zanin, quando exercia a advocacia, teria se manifestado sobre a reunião de Bolsonaro com embaixadores, em julho de 2022, episódio que levou a condenação do ex-presidente.

“Naquela ocasião, o d. Relator, enquanto advogado, formalizou sua convicção profissional quanto à ilegalidade da conduta entabulada por Jair Messias Bolsonaro”, argumentou a defesa no pedido.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Jair Bolsonaro

Além disso, os advogados de Bolsonaro destacaram que “muito se noticiou na mídia acerca da relação de amizade do d. Relator com o atual Presidente da República, íntima e longeva, revelada pelo próprio Presidente Lula”.

Caso Zanin seja declarado suspeito, o recurso será analisado por quatro ministros da Primeira Turma do STF: Flávio Dino, que já manteve a condenação, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes. Um quinto membro da Corte deverá ser convocado em caso de empate.