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Nova dieta com respaldo científico chega ao Brasil

A dieta possui três fases (emagrecimento, reeducação alimentar e manutenção) e pacientes perdem até 10 quilos na primeira fase.

O Brasil possui uma média de 50 milhões de pessoas insatisfeitas com seu próprio corpo, que ao conseguir chegar ao peso ideal, apenas 2% manterão a forma física por mais de dois anos. Surge uma nova receita de emagrecimento prometendo resultados milagrosos a cada dia e agora chega ao Brasil um novo método com respaldo científico.

O novo regime foi criado na Espanha com o nome de Pronokal e é indicado para obesos. A dieta foi desenvolvida de acordo com os estudos de George L. Blackburn, da universidade de Harvard nos EUA, que em 1973 descobriu que a ingestão de uma quantidade específica de proteínas faz com que o organismo transforme a gordura armazenada em energia.
Imagem: Pronokal/DivulgaçãoNova dieta com respaldo científico chega ao Brasil(Imagem:Pronokal/Divulgação)Nova dieta com respaldo científico chega ao Brasil

O método já foi seguido por mais de 350 000 pacientes pelo mundo, 4 000 eram brasileiros e é seguido em três etapas. A primeira etapa consiste no emagrecimento a base de restrição calórica, reeducação alimentar e manutenção do novo peso.

A endocrinologista responsável pelo método no país, Isabela Bussade, explica que a dieta só pode ser feita por prescrição médica. "A Pronokal só pode ser prescrita por um médico habilitado. O paciente deve fazer acompanhamento a cada 15 dias, além de tomar alguns cuidados específicos como manter uma reposição adequada de água e fazer suplementação de vitaminas", explica.

Na primeira etapa, o paciente só pode ingerir 800 calorias por dia, que são divididas em seis refeições. A alimentação é estritamente restrita aos sachês que substituem os alimentos. Os sachês são diluídos em água e atendem às necessidades recomendadas de vitaminas, sais minerais, micronutrientes, ácidos graxos e proteínas.

Ao ser diluído, o pó se transforma em salgados (panqueca e omelete), doce (brownie e mousse de chocolate) e bebidas (café ou suco de frutas). O único alimento que pode ser acrescentado é salada.

Corpo cetônico

Durante a privação alimentar, o organismo produz um composto químico chamado corpo cetônico, que dá energia ao cérebro e coração e inibe a ação do hipotálamo, provocando sensação de saciedade.

Cardápios com menos de 800 calorias também estimulam a produção desse produto químico, mas em altas proporções causa enjoo e dor de cabeça.

O grande objetivo é que o paciente perca 80% do sobrepeso nesse processo. A restrição calórica e baixíssimo consumo de carboidratos faz com que a pessoa perca de 7 a 10 quilos por mês.

Contraindicações

Como a dieta é indicada para pacientes com obesidade e é muito restrita de calorias, os pacientes não podem se alimentar dessa forma por muito tempo. O método é contraindicado para pacientes com doenças hepáticas, renais, cardiovasculares ou transtorno de comportamento alimentar.

Segunda fase

Durante a segunda fase o paciente perde de forma mais devagar os 20% restantes do peso para atingir a medida ideal. As refeições prontas são retiradas e todos os grupos alimentares são adicionados gradativamente.

Última fase

Nos dois anos seguintes inicia-se a etapa de manutenção do peso. Deve-se seguir uma dieta saudável e praticar exercícios físicos. Os pacientes recebem assessoria nutricional e emocional pro telefone ou online.

"O tratamento tem duração de dois anos porque esse é o tempo necessário para o organismo reconhecer o novo peso e conseguir mantê-lo", conta a endrocrinologista.

Custo alto

O custo do tratamento é alto e o tratamento completo (aproximadamente 6 meses) fica em torno de R$ 1.900 no primeiro mês e R$ 1.400 no segundo. Nos meses seguintes, o valor cai de 50% a 75% já que os suplementos vão sendo substituídos por alimentos tradicionais.



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