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Morre a jornalista e apresentadora Glória Maria aos 73 anos

Ela estava internada no Hospital Copa Star para o tratamento de novas metástases no cérebro.

A jornalista Glória Maria, de 73 anos, morreu na manhã desta quinta-feira (2), no Hospital Copa Star, na zona sul do Rio de Janeiro. Ela estava realizando tratamento para combater novas metástases cerebrais em decorrência de um câncer de pulmão descoberto ainda em 2019. Glória deixa duas filhas, Maria, de 15 anos e Laura, de 14 anos.

Assim que descobriu o câncer, Glória Maria fez tratamento com imunoterapia, que teve sucesso. Contudo, ela sofreu uma metástase no cérebro, que também pôde, inicialmente, ser tratada com êxito por meio de cirurgia, mas os novos procedimentos não avançaram.

Foto: Reprodução/InstagramGlória Maria
Glória Maria

Glória estava afastada do "Globo Repórter" há mais de três meses para tratar as novas metástases cerebrais. Porém, nos últimos dias, o tratamento deixou de fazer efeito.

O último programa apresentado por ela foi a edição do dia 5 de agosto de 2022. Ela trabalhava no "Globo Repórter" há 12 anos, programa que passou a apresentar ao lado de Sandra Annenberg, após Sérgio Chapelin se aposentar.

Pioneira

Glória foi pioneira em inúmeras situações. Ela foi a primeira a entrar ao vivo no Jornal Nacional e inaugurou a era da alta definição da televisão brasileira. Mostrou mais de 100 países em suas reportagens e protagonizou momentos históricos.

Quem foi Glória Maria

Glória Maria Matta da Silva nasceu no Rio de Janeiro. Filha do alfaiate Cosme Braga da Silva e da dona de casa Edna Alves Matta, estudou em colégios públicos e sempre se destacou. “Aprendi inglês, francês, latim e vencia todos os concursos de redação da escola”, lembrou, ao Memória Globo.

Glória também chegou a conciliar os estudos na faculdade de Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) com o emprego de telefonista da Embratel.

Em 1970, foi levada por uma amiga para ser radioescuta da Globo do Rio. Em uma época sem internet, era ouvindo as frequências da polícia que se descobria o que acontecia na cidade. Fazer uma ronda de telefone, ligando para batalhões e delegacias, também era tarefa de um radioescuta.

Na Globo, tornou-se repórter numa época em que os jornalistas ainda não apareciam no vídeo. A estreia como repórter foi em 1971, na cobertura do desabamento do Elevado Paulo de Frontin, no Rio de Janeiro. “Quem me ensinou tudo, a segurar o microfone, a falar, foi o Orlando Moreira, o primeiro repórter cinematográfico com quem trabalhei”.

Glória Maria trabalhou no Jornal Hoje, no RJTV e no Bom Dia Rio — coube a ela a primeira reportagem do matinal local, há 40 anos, sobre a febre das corridas de rua.

Cobriu a posse de Jimmy Carter em Washington e, no Brasil, durante o período militar, entrevistou chefes de estado, como o ex-presidente João Baptista Figueiredo.

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