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Pai de Bernardo Boldrini é condenado novamente pela morte do filho

Ele havia sido condenado em 2019 a 33 anos de prisão, mas teve a sentença anulada pela Justiça.

O médico Leandro Boldrini, pai de Bernardo Boldrini, foi condenado a 31 anos e oito meses de prisão pela morte do filho, que tinha 11 anos quando foi assassinado em 2014, no Rio Grande do Sul. O julgamento durou quatro dias e a sentença foi proferida na quinta-feira (24).

O pai de Bernardo foi sentenciado pelo crime de homicídio quadruplamente qualificado: por motivo fútil, emprego de veneno, uso de recursos que dificultaram a defesa da vítima e a promessa de recompensa. Leandro Boldrini também foi condenado por falsidade ideológica e absolvido da acusação de ocultação de cadáver.

Foto: ReproduçãoBernardo Boldrini e o pai, Leandro Boldrini
Bernardo Boldrini e o pai, Leandro Boldrini

A defesa de Leandro Boldrini disse que vai avaliar se irá recorrer da decisão, enquanto o Ministério Público, por meio da promotora Helena Callegari, afirmou que irá ingressar com recurso.

Primeiro julgamento anulado

Leandro Boldrini havia sido condenado pelo Tribunal do Júri em 2019, quando recebeu a sentença de 33 anos e oito meses de prisão. No mesmo julgamento, outras três pessoas foram condenadas, incluindo a madrasta de Bernardo, Graciele Ugulini. No entanto, em 2021, a sentença de Leandro foi anulada.

Na ocasião, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul considerou que não houve tratamento igualitário entre as partes durante o interrogatório do pai de Bernardo.

Relembre o caso

Bernardo Boldrini desapareceu no dia 4 de abril de 2014. Dez dias depois, o corpo da criança de 11 anos foi encontrado em uma cova na cidade de Frederico Westphalen. Bernardo foi morto por uma superdosagem de Midazolan, medicamento de uso controlado.

O pai de Bernardo foi preso sob suspeita de ser o mentor intelectual do crime, e a madrasta, por ser a executora. Na ocasião, também foram presos Edelvania Wirganovicz, suspeita de ajudar a madrasta Graciele Ugulini, e Evandro Wirganovicz, apontado como responsável por preparar o local onde o corpo de Bernardo foi enterrado.

Segundo o Ministério Público, o pai e a madrasta de Bernardo não queriam dividir com o menino a herança deixada pela mãe dele, que havia falecido em 2010.

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