O Grupo Globo demitiu ao menos 16 funcionários do departamento de Produtos Digitais e Canais Pagos, responsáveis pela produção de conteúdo da emissora, nessa quarta-feira (12). A decisão ocorreu após uma onda de cortes no jornalismo da emissora.
Os profissionais foram demitidos por terem sido contratados com salários altos e tinham contratos no modelo antigo, com bônus salarial e planos de saúde diferentes dos demais. A reportagem afirma que há previsão de novos cortes até o final de maio.
Desde o início de 2023, a Globo já demitiu mais de 20 jornalistas. Marcelo Canellas, Eduardo Tchao, Flávia Jannuzzi, Luciana Osório e Mônica Sanches foram alguns dos profissionais dispensados na primeira leva de cortes. Na segunda leva, foram desligados Fábio William, Márcia Witczak, Fabio Turci e Giuliana Marrone.
Uma das demissões foi a da repórter Giovana Teles, que ingressou na emissora em 1994. A jornalista fez diversas matérias para o Jornal Nacional, o Jornal da Globo, o Fantástico, entre muitos outros. Ela tinha voltado de férias na última segunda-feira (10).
Em nota, a Globo lamenta quando se despede de profissionais que ajudaram a escrever e a contar a sua história”, mas que as demissões fazem parte da “dinâmica” de qualquer empresa.
Confira a nota divulgada pela Globo sobre os cortes:
“A Globo, assim como as demais empresas de referência do mercado, tem um compromisso permanente com a busca de eficiência e evolução, mas lamenta quando se despede de profissionais que ajudaram a escrever e a contar a sua história. Isso, no entanto, faz parte da dinâmica de qualquer empresa. Os resultados da Globo refletem a boa performance do conjunto das suas operações e uma constante avaliação do cenário econômico do país e dos negócios. Como parte do processo de transformação pela qual vem passando nos últimos anos e alinhada à sua estratégia, a empresa mantém a disciplina de custos e investimentos em iniciativas importantes de crescimento.”
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