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MST registra mais de 20 invasões de terras no "Abril Vermelho"

O levantamento de ataques foi divulgado nesta segunda-feira (15) pelos integrantes do movimento.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) já realizou 21 invasões de propriedade durante o “Abril Vermelho”, período em que é promovido uma série de invasões de terra. O levantamento foi divulgado nesta segunda-feira (15) pela própria organização.

Pelo menos dez estados já foram alvos da ação do MST, entre eles, São Paulo, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Sergipe. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), localizada na cidade de Petrolina, em Pernambuco, foi invadida pelos participantes do movimento durante esse domingo (14). Essa é a terceira invasão registrada em propriedade da Embrapa.

Conforme Jaime Amorim, integrante da direção nacional do MST, o ataque aconteceu em protesto pelo descumprimento de um acordo pelo Governo Federal. “Essa área tínhamos ocupado no ano passado e saído com o compromisso assinado do Governo Federal de assentar todas as 1.316 famílias que estavam acampadas. Foram 17 pontos acertados, e nenhum deles foi cumprido. Agora voltamos para a Embrapa para lutar para que o governo cumpra a pauta firmada ano passado”, afirmou Jaime Amorim.

A invasão à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária aconteceu um dia antes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Lula) lançar o programa Terra para Gente, que pretende ceder algumas terras “ociosas” para a reforma agrária.

Acampamento

Ainda nesta segunda-feira (15), 400 famílias integrantes do MST acamparam em um sítio na cidade de Itaberaí, em Goiás. O local foi batizado Dona Lindú, em homenagem à mãe do presidente Lula. Nesse mesmo dia, 200 famílias invadiram uma fazenda de 200 hectares na cidade de Campinas, em São Paulo.

A propriedade é gerenciada por uma empresa do setor imobiliário, a área foi considerada improdutiva por membros do movimento. “Improdutiva, está tomada por pastagem degradada e há anos não cumpre sua função social”, afirmou o MST.

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