Nesta semana, foram divulgadas pesquisas de popularidade do Governo Lula que apontam que a alta nos preços dos alimentos abalou a aceitação do presidente no Brasil, especialmente no Nordeste, seu principal reduto eleitoral. Inicialmente, o presidente desfrutava de uma popularidade quase populista na região, mas essa situação agora enfrenta sérios desafios.
Esse cenário coloca Lula em uma posição desconfortável para as eleições de 2026, uma vez que o ex-presidente Bolsonaro segue sendo o preferido nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, conforme os dados do cenário eleitoral de 2022.

A longo prazo, os números indicam uma deterioração no apoio ao presidente na região. No início de seu mandato, a diferença entre aprovação e desaprovação era de 20 pontos percentuais. Agora, esse número caiu para apenas 8 pontos, refletindo o impacto da inflação e da situação econômica sobre sua popularidade no Nordeste.
A crescente rejeição se explica, em grande parte, pela inflação na região, que em 2024 alcançou 0,67% em dezembro, superando a média nacional de 0,52%. No ano, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na região foi de 4,85%, levemente superior à média nacional de 4,83%.
De acordo com dados do Etene, os grupos Alimentação e Bebidas, Saúde e Transportes foram os principais responsáveis por essa alta, registrando variações de +6,5%, +6,5% e +4,4%, respectivamente.
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