Após acordo com Glauber Braga, Sóstenes Cavalcante faz apelo a Hugo Motta

O líder do Partido Liberal (PL) na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) voltou a pedir que o presidente da Casa, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), paute o requerimento de urgência para votação do Projeto de Lei que prevê anistia aos presos pelas manifestações de 8 de janeiro. No apelo, Sóstenes mencionou o acordo entre o presidente da Câmara e o deputado Glauber Braga (PSOL-SP).

Nessa quinta-feira (17), o psolista encerrou uma greve de fome após Hugo Motta garantir que vai colocar o processo que pede a cassação do mandato de Braga em votação no Plenário após 60 dias de deliberação do recurso dele na Comissão de Constituição e Justiça. Sóstenes Cavalcante fez um paralelo da situação para cobrar o presidente da Câmara a votação do requerimento.

• Canal de Denúncias

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Deputado Sóstenes Cavalcante

“Respeitamos o gesto com o deputado do PSOL, garantindo prazo e dignidade. Temos plena confiança de que o mesmo será feito com os patriotas presos injustamente”, afirmou o líder do PL em postagem na rede social X.

Na mesma publicação, ele citou o caso de Cleriston Cunha, preso em 8 de janeiro que morreu no Complexo Penitenciário da Papuda em novembro de 2023, após sofrer um infarto enquanto tomava banho de sol. “Clezão morreu esperando justiça. Idosos seguem encarcerados, com saúde fragilizada e direitos ignorados. A urgência da Anistia tem 264 assinaturas. Não é caso de 1 único deputado. É o grito da maioria – e do povo”, escreveu o parlamentar.

Bolsonaro é líder da anistia

Sóstenes Cavalcante também mencionou o papel do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na mobilização que pede a anistia dos presos pelo 8 de janeiro, sendo ele o líder do movimento. “Foi ele quem levantou essa bandeira com coragem diante do povo nas ruas, pedindo justiça para os que vêm sendo condenados com penas desproporcionais”, continuou o deputado.

Mesmo o considerando como líder do movimento, Sóstenes Cavalcante explicou que não há previsão para que Bolsonaro seja beneficiado pelo PL da Anistia. “O texto final da Anistia será decidido soberanamente pelos plenários de Câmara e do Senado. Circula na imprensa a ideia de que a ‘última palavra’ será do presidente Bolsonaro. Essa informação não procede”, esclareceu.