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Presidente do INSS é afastado após operação da PF contra fraudes em aposentadorias

Investigação aponta que os valores cobrados indevidamente chegam a R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.

O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, foi afastado do cargo nesta quarta-feira (23) após se tornar alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) que investiga fraudes bilionárias relacionadas a descontos indevidos em aposentadorias e pensões. Segundo a PF, entidades que representavam aposentados e pensionistas aplicaram mensalidades associativas não autorizadas sobre os benefícios previdenciários, gerando prejuízos bilionários.

A investigação aponta que os valores cobrados indevidamente chegam a R$ 6,3 bilhões entre os anos de 2019 e 2024. De acordo com os investigadores, essas cobranças eram feitas diretamente nos contracheques de beneficiários do INSS, sem o devido consentimento.

Foto: Wilson Dias/Agência BrasilPresidente do INSS, Alessandro Stefanutto
Presidente do INSS, Alessandro Stefanutto

A operação foi classificada pela própria PF como uma das mais complexas e delicadas já realizadas pelo órgão, tanto pelo volume de recursos envolvidos quanto pela extensão nacional do esquema.

Cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da Controladoria-Geral da União (CGU) participaram da operação, que contou com 211 mandados de busca e apreensão, ordens de sequestro de bens que somam mais de R$ 1 bilhão, e seis mandados de prisão temporária. As ações foram realizadas simultaneamente no Distrito Federal e em 13 estados, incluindo São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Pernambuco e Amazonas.

A Controladoria-Geral da União atua junto à PF na investigação, que revelou indícios de que o esquema contava com a conivência ou negligência de setores do INSS. O afastamento de Stefanutto foi determinado para não comprometer as apurações. Segundo fontes da investigação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi informado sobre a operação pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, e pelo ministro da CGU, Vinícius Carvalho, logo após a deflagração.

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