Cientistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) estão testando uma vacina contra a dependência de cocaína, que tem a função de bloquear os efeitos de euforia, autoconfiança e excitação provocados pelo uso da droga.

Os pesquisadores registraram experiências bem-sucedidas em cobaias na fase pré-clínica do estudo, quando não foram observados efeitos colaterais graves e houve produção de anticorpos em ratos, camundongos e primatas.

Agora, será necessária autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que sejam iniciados os testes em humanos, a partir de 2025.

A vacina não é como as convencionais, produzidas a partir de uma proteína. O imunizante utiliza molécula sintetizada em laboratório, que consegue “comunicar” ao sistema imunológico que ele deve produzir anticorpos contra a droga.

Segundo os testes preliminares, o imunizante poderá ser mais eficaz para dependentes em abstinência. Em pessoas desse grupo, a molécula conseguiu bloquear a entrada da cocaína no cérebro, diminuindo a percepção do seu efeito e aumentando a chance de o paciente deixar de consumir a droga.

O imunizante também deve funcionar para os consumidores de crack.