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Nicolas Poussin foi um dos maiores pintores do século XVII. Francês de nacionalidade, ele passou a maior parte de sua vida em Roma, comissionado por figuras ilustres da Igreja e da burguesia.

Famoso por seu estilo clássico com impulsos renascentistas, ele teve como fonte de inspiração para suas obras a Bíblia e os mitos gregos e romanos. Dentre seus principais quadros, destaco aqui “O Tempo resgata a Verdade diante do ataque da Disputa e da Inveja”. Esse quadro encontra-se no museu do Louvre em Paris, na sala 19 do piso 2.

Em que pese desconhecer os fatos que inspiraram a elaboração do referido quadro por Poussin, parece-me que o tema da obra é atemporal e nesse contexto, lembrei-me das palavras de Huberto Rohden na apresentação do livro “Ética demonstrada à maneira dos geômetras”, de Espinoza, que destaco a seguir:

“A felicidade só pode ter por alicerce a liberdade, e a liberdade é filha da verdade. Logicamente, só pode ser real e definitivamente feliz quem conhece a verdade, a verdade vivida e saboreada experencialmente. (...) Atingir a essência das coisas existentes é perceber a unidade através da pluralidade. (...) Pela ignorância, os sentidos nos mantêm na inconsciência da nossa escravidão. Pela ciência, o intelecto nos torna conscientes da nossa escravidão. Pela sapiência, a razão nos liberta da escravidão. Compreender o universo, diz Spinoza, é estar libertado dele. Compreender tudo, é estar livre de tudo. Somos escravos de tudo o que ignoramos – somos livres de tudo que sabemos. (...) A ética racional é a proclamação da suprema e definitiva liberdade do homem.”

Boa sorte a (nós) todos.

Eusébio/CE, 21 de agosto de 2009.

José Anastácio de Sousa Aguiar

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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