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Orígenes de Alexandria foi um teólogo e filósofo que viveu entre 185 a 253 dC. Considerado como o maior erudito da Igreja Antiga, dedicou sua vida ao estudo dos escritos cristãos, bem como da filosofia platônica e dos pensadores estóicos. Dentre suas doutrinas mais celebres pode-se citar a tese da pré-existência da alma e suas relações com existências pregressas, hodiernamente conhecida como a teoria da Reencarnação.

Pois bem, a teoria da Reencarnação era apenas mais uma das teorias que eram discutidas no âmbito dos fiéis da Igreja Cristã Primitiva. Um caldeirão de idéias e conceitos fervilhava à época, tais como o Dualismo, o Arianismo, a divindade do Espírito Santo, dentre outros.

Após a adoção pelo Imperador Constantino da religião cristã como religião oficial do Império (por volta de 317 d.C.), os regentes seguintes optaram por realizar concílios a fim de sistematizar e dar uniformidade à doutrina oficial da Igreja (primeiro concílio foi o Concílio de Nicéia em 325).

O segundo Concílio de Constantinopla, realizado em 553, foi conclamado pelo Imperador Justiniano e freqüentado principalmente por bispos da Igreja Católica do Oriente, fiéis seguidores do Imperador romano. Ficou ali decidido que a teoria da Reencarnação, amplamente aceita e divulgada entre os primeiros cristãos seria considerada herética.

Alguns historiadores apontam como causa da referida decisão a forte influência de Teodora, esposa do Imperador Justiniano, que envergonhada do seu passado e temendo sofrer as conseqüências de seus atos em futuras existências, trabalhou para que a Reencarnação fosse eliminada da História e ela, claro, fosse liberada de qualquer expiação futura.

Boa sorte a (nós) todos.

Eusébio/CE, 08 de novembro de 2009.
José Anastácio de Sousa Aguiar

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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