Fechar
GP1

Teresina - Piauí

Leilão de petróleo e gás na ANP já acumula R$ 8 bilhões em bônus

Segundo Pedro Parente, presidente da Petrobras, o resultados das ofertas "mostra que o Brasil voltou a ser um dos principais destinos para investidores globais".

Começou nesta quinta-feira (29) o leilão de 47 blocos marítimos, realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Até o momento, já foi arrecadado cerca de R$ 8 bilhões em bônus com a venda de 22 blocos marítimos de exploração de óleo e gás.

Dos 47 blocos, 25 foram para a repescagem, porém, ninguém demonstrou interesse. Ainda nessa tarde, outros 21 blocos terrestres devem ser colocados à venda, totalizando 68 blocos.

Apesar do novo recorde nas rodadas de concessões, o valor arrecadado poderia ser maior, mas na véspera do leilão, o Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu tirar da oferta os dois blocos mais valiosos, que representariam 80% da arrecadação desta rodada. Os dois juntos tinham o lance inicial de R$ 3,55 bilhões.

O leilão já foi considerado um sucesso, visto que a arrecadação em bônus era estimada em R$ 3 bilhões. O presidente da Petrobras, Pedro Parente, explica que houve “grandes disputas” entre as empresas de porte mundial e que o leilão seguiu regras usadas em todo o mundo.

“Olha, certeza (sobre se o leilão poderia ser melhor) não existe. Mas certamente as áreas que ficaram tinham boas perspectivas, principalmente em razão dos ágios. Houve disputa grande entre empresas de porte mundial, fortes, de primeira linha, que concorreram e avaliaram essas áreas com boas perspectivas”, disse o presidente ao G1. Ainda segundo ele, o resultado das ofertas “mostra que o Brasil voltou a ser um dos principais destinos para investidores globais”.

O leilão ocorre no regime de concessão, no qual o governo não tem direito a receber parte da produção em óleo. Vence a disputa quem oferecer o maior bônus.

  • Foto: Divulgação/ ANP15° Rodada de Licitações15° Rodada de Licitações

Veja os lotes ofertados e quais foram arrematados:

– BACIA DE CAMPOS (total 9 blocos)

Vencedor: consórcio Petrobras, Statoil e ExxonMobil (2 blocos)

  • C-M-657: R$ 2,1 bilhões
  • C-M-709: R$ 1,5 bilhão

Vencedor: consórcio ExxonMobil, QGI Brazil e Petrobras (2 blocos)

  • C-M-753: R$ 330 milhões
  • C-M-789: 2,8 bilhões

Vencedor: consórcio Repsol, Wintershall e Chevron (2 blocos)

  • C-M-821: R$ 51,7 milhões
  • C-M-823: R$ 40 milhões

Vencedor: consórcio Shell, Petrogal e Chevron (1 bloco)

  • C-M-791: R$ 551,1 milhões

Vencedor: consórcio BP Energy e Statoil (2 blocos)

  • C-M-755: R$ 43,3 milhões
  • C-M-793: R$ 43,3 milhões

– BACIA DE SANTOS (total 6 blocos)

Vencedor: consórcio ExxonMobil e QPI (2 blocos)

  • S-M-536: R$ 165 milhões
  • S-M-647: R$ 49,5 milhões

Vencedor: consórcio Chevron, Wintershell Holding e Repsol (1 bloco)

  • S-M-764: R$ 131,9 milhões

3 blocos ficaram sem ofertas

– BACIA DO CEARÁ (12 blocos)

Setor SCE-AP2

Vencedor: Wintershall (1 bloco)

  • CE-M-601: R$ 9 milhões

Setor SCE-AP3

Não recebeu nenhuma oferta

– BACIA POTIGUAR (total 13 blocos)

Setor SPOT-AP1

Vencedor: Petrobras (1 bloco)

  • POT-M-762: R$ 5,1 milhões

4 blocos desse setor ficaram sem oferta

Setor SPOT-AP2

Vencedor: Wintershell Holding (3 blocos)

  • POT-M-857: 57,3 milhões
  • POT-M-863: R$ 24,5 milhões
  • POT-M-865: R$ 16,3 milhões

Vencedor: consórcio Petrobras e Shell (2 blocos)

  • POT-M-859: R$ 13,4 milhões
  • POT-M-952: R$ 20 milhões

Vencedor: Shell (1 bloco)

  • POT-M 948: R$ 1,9 milhão

Setor SPOT-AR1

Não houve ofertas para os dois blocos deste setor

– BACIA SERGIPE-ALAGOAS (total 7 blocos)

Setor SSEAL-AUP1

Vencedor: ExxonMobil, Murphy e Queiroz Galvão (1 bloco)

  • SSEAL-M-430: R$ 3,6 milhões

2 blocos sem ofertas

Setor SSEAL-AUP2

Vencedor: ExxonMobil, Murphy e Queiroz Galvão (1 bloco)

  • SEAL-M-573: 3,6 milhões

3 blocos sem ofertas

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.