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Economia e Negócios

Bolsas da Ásia e da Europa mantém ritmo de Nova York e têm pregão em queda

Como resultado, o anúncio de que a China espera crescer mais de 6% neste ano ficou em segundo plano.

As Bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em baixa nesta sexta-feira, 5, à medida que a recente tendência de alta dos juros dos Treasuries pesou em Nova York pelo terceiro pregão seguido na quinta-feira, 4, castigando principalmente ações de tecnologia que formam o índice Nasdaq. Como resultado, o anúncio de que a China espera crescer mais de 6% neste ano ficou em segundo plano.

Investidores ficaram decepcionados com comentários do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, que na quinta não deu qualquer indicação de que possa tentar conter a trajetória de alta dos rendimentos dos Treasuries de mais longo prazo, movimento que tende a fazer com que recursos migrem de ações, que são consideradas mais arriscadas, para títulos de governos, tidos como mais seguros.

O comportamento dos Treasuries, que vem alimentando temores de que a inflação ganhe força e leve o Fed a elevar juros, derrubou as bolsas de Nova York pelo terceiro dia consecutivo na quinta. Apenas o Nasdaq, que é composto por empresas de tecnologia cujos papéis se valorizaram bastante e têm maior potencial de perdas, caiu mais de 2%.

Com a atenção mais voltada para Wall Street, ficou em segundo plano o anúncio do primeiro-ministro da China, Li Keqiang, de que o gigante asiático pretende crescer mais de 6% em 2021, à medida que continua se recuperando dos choques da pandemia do coronavírus. A meta foi anunciada na abertura da sessão anual do Congresso Nacional do Povo, reunião mais importante do calendário político chinês que se estenderá pelas duas próximas semanas.

Bolsas da Ásia

O índice acionário japonês Nikkei recuou 0,23% em Tóquio, a 28.864,32 pontos, enquanto o Hang Seng caiu 0,47% em Hong Kong, a 29.098,29 pontos, o sul-coreano Kospi se desvalorizou 0,57% em Seul, a 3.026,26 pontos, e o Taiex registrou perda de 0,32% em Taiwan, a 15.855,23 pontos.

Na China continental, os mercados ficaram perto da estabilidade: o Xangai Composto teve baixa marginal de 0,04%, a 3.501,99 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto apresentou modesta alta de 0,17% at 2.298,60 pontos.

Na Oceania, a Bolsa australiana também ficou no vermelho, e o S&P/ASX 200 recuou 0,74% em Sydney, a 6.710,80 pontos.

Bolsas da Europa

As Bolsas europeias operam em baixa na manhã desta sexta-feira, à medida que a recente tendência de avanço dos juros dos Treasuries continua pressionando os mercados acionários globais. Às 6h39, no horário de Brasília, o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha queda de 0,68%, a 409,04 pontos.

Na quinta, as Bolsas de Nova York fecharam com perdas pelo terceiro pregão consecutivo, reagindo a um novo aumento dos rendimentos dos Treasuries de mais longo prazo. Os mercados asiáticos também ficaram no vermelho nos negócios.

Investidores se decepcionaram com as últimas declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell. Em evento do The Wall Street Journal, Powell disse que a recente trajetória de alta dos juros dos Treasuries chamou sua atenção "notavelmente", mas não deu qualquer indicação de que o Fed possa fazer algo a respeito.

Nas últimas semanas, o comportamento dos Treasuries vem gerando temores de que a inflação ganhe força e leve o Fed e outros bancos centrais a reverter medidas de estímulos monetários. Powell e dirigentes do Banco Central Europeu (BCE), no entanto, vêm reafirmando a necessidade de manter a acomodação monetária por muito tempo ainda.

Com os Treasuries no centro das preocupações, o anúncio de que a China espera crescer mais de 6% neste ano, à medida que continua se recuperando dos choques da pandemia do coronavírus, ficou em segundo plano. A meta foi anunciada na abertura da sessão anual do Congresso Nacional do Povo, reunião mais importante do calendário político chinês que se estenderá pelas duas próximas semanas.

Na agenda de indicadores da Europa, destaque para as encomendas à indústria alemã, que subiram 1,4% em janeiro ante dezembro, superando expectativas de alta de 0,5%.

Nas próximas horas, a atenção vai se voltar para indicadores dos EUA, incluindo o relatório de emprego mensal, e comentários de dirigentes do Fed.

Também às 6h39 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,52%, a de Frankfurt recuava 0,93% e a de Paris se desvalorizava 0,88%. Já as de Milão e Madri tinham perdas de 0,22% e 0,74%, respectivamente. Exceção, a de Lisboa exibia leve alta de 0,12%.

Petróleo

Os contratos futuros do petróleo aceleraram ganhos nesta manhã, com o Brent atingindo os maiores níveis desde janeiro de 2020, em reação ainda à decisão da Opep+ na quinta de não aumentar sua produção em abril. Às 7h13 (de Brasília), o barril do petróleo WTI para abril subia 2,08% na Nymex, a US$ 65,16, enquanto o do Brent para maio avançava 2,28% na ICE, a US$ 68,26, após chegar a ser negociado mais cedo a US$ 68,50, maior patamar desde o começo do ano passado.

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