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Economia e Negócios

Após Elon Musk, empresas de tecnologia demitem funcionários

De acordo com o site Layoffs.fyi mais de 100 mil funcionários da área tecnológica perderam seus empregos.

Após Elon Musk reduzir em 50% o quadro de funcionários do Twitter, a Stripe – uma startup de pagamentos avaliada em US$ 74 bilhões, demitiu mais de mil trabalhadores no mês de novembro e seus cofundadores afirmaram que o erro partiu deles, pois “foram otimistas demais”.

Já na quarta-feira (9) desta semana, a Meta, empresa responsável pelo Facebook, Instagram e WhatsApp, demitiu mais de 11 mil pessoas e Mark Zuckerberg, diretor-executivo, também responsabilizou a si mesmo, explicando que tomou a decisão de aumentar drasticamente os investimentos, mas que isso não funcionou como o esperado.

Foto: DivulgaçãoMark Zuckerberg no Metaverso
Mark Zuckerberg no Metaverso

De acordo com o site Layoffs.fyi, que acompanha demissões, mais de 100 mil funcionários da área tecnológica perderam os empregos este ano. Os cortes vão desde empresas bem conhecidas, com ações negociadas publicamente, como Meta, Salesforce, Booking.com e Lyft, até startups de capital privado altamente valorizadas, como o serviço de entregas Gopuff e as plataformas de finanças Chime e Brex.

Os gestores desse setor foram brandos ao perceber aos sinais da diminuição de ritmo da economia que emergiu neste ano, após diversas empresas terem contratado compulsivamente por vários anos, afirmam analistas da indústria. A Meta, cujo valor ultrapassou US$ 1 trilhão, dobrou seu quadro de funcionários, para 87.314 empregados, ao longo dos últimos três anos. O aplicativo de corretagem de ações Robinhood expandiu sua força de trabalho em quase seis vezes entre 2020 e 2021.

Essa é uma realidade chocante para muitos, pois pânicos na indústria da tecnologia nos últimos anos tiveram vida curta e foram seguidos de um rápido retorno para períodos de fartura. Mesmo quem previu que os comportamentos pandêmicos possibilitados por plataformas como Zoom, Peloton, Netflix e Shopify arrefeceriam afirmam agora que subestimaram a amplitude do fenômeno. Muitos acreditam que esta crise durará mais em razão dos fatores macroeconômicos que a criaram. Ao longo da década passada, juros baixos estimularam os investidores a apostar em ativos mais arriscados, que ofereciam retornos maiores. Esses investidores valorizam crescimento rápido nos lucros e recompensaram empresas que assumiram grandes riscos.

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