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Economia e Negócios

Valor de ação na Eletrobras subiu 14% após privatização

Privatização retirou o Estado como acionista majoritário, abrindo o capital para investimentos na bolsa.

Após o fim do processo de desestatização da Eletrobras, que ocorreu dia 13 de junho, o valor de uma ação na empresa aumentou cerca de 14%, passando de R$ 40,10 para R$ 45,85 na última sexta-feira (1º).

O processo de privatização retirou o Estado como acionista majoritário, abrindo o capital para investimentos na bolsa de valores.

Havia a expectativa de que, ao transformar a empresa em capital aberto, haveria uma redução nas tarifas do consumidor, no entanto, até o momento o impacto observado foi que a soma de ações foi correspondente a pelo menos 1 ano de rendimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Ainda de acordo com especialistas na área, há uma preocupação com a euforia do aumento e os investidores estão sendo aconselhados a não venderem suas ações, pois altos e baixos ainda são esperados nesse processo.

Mas afinal, como isso impacta o consumidor?

Em entrevista ao GP1, o economista Arthur Andrade analisou o impacto que o consumidor brasileiro pode sofrer. “A Eletrobras é uma empresa que já gerava lucro, então é uma empresa com estrutura produtiva atraente, e quando você coloca uma empresa dessa no mercado, permitindo que o governo não seja mais o acionista majoritário, ele [o mercado] vai ficar atraído”, pontuou.

“Eu acredito que haverá um impacto para o consumidor sim, mas não vai ser tão considerável. Pontuando que só não acho que será algo tão relevante porque, como eu disse, ela já gerava lucro. Agora, uma das previsões do que pode acontecer, é a diminuição do ‘inchaço’ do quadro de funcionários e sua substituição”, finaliza o Arthur Andrade.

Já de acordo com o professor Sebastião Carlos, membro do Departamento de Economia da Universidade Federal do Piauí, “a questão é analisar o problema do ponto de vista do crescimento econômico”.

“Por exemplo, uma família com renda média de um salário mínimo, há um gasto de pelo menos 200 reais ou 250 reais, representando 20 por cento desse valor. Sendo assim, o papel do governo é diminuir o impacto no orçamento doméstico e delegar isso ao setor privado, que visa lucro, não sei se é o mais indicado”, concluiu o professor Sebastião Carlos.

*Com informações da repórter Lívia Pessoa

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