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Economia e Negócios

Funcionários do Santander e Itaú vão ser investigados por fraude na Americanas

O procedimento é um desdobramento das declarações do ex-diretor financeiro Fabio Abrate.

Após o Ministério Público Federal (MPF) denunciar 13 ex-executivos e ex-funcionários da Americanas por supostas fraudes na empresa, a Polícia Federal (PF) vai investigar se funcionários do Itaú e Santander participaram do esquema que resultou no rombo de mais de R$ 20 bilhões da companhia.

O procedimento é um desdobramento das declarações do ex-diretor financeiro e de Relações com Investidores da Americanas, Fabio Abrate. Em delação premiada, ele forneceu informações sobre a participação de funcionários de grandes bancos e de diretores da empresa, que atuaram de forma proposital para ocultar do balanço as dívidas do risco sacado.

Foto: Lucas Dias/GP1Lojas Americanas
Lojas Americanas

Essa é uma operação normal de empresas do varejo, em que é feito empréstimo com banco para pagamento de fornecedor. Nesse esquema, a fraude está diretamente relacionada com o lançamento incorreto dessa informação no balanço, resultando no rombo de bilhões.

No primeiro momento, as instituições bancárias não serão alvos da investigação, apenas seus funcionários.

Denúncia do Ministério Público Federal

Ao todo, 13 ex-diretores da Americanas foram denunciados por associação criminosa, falsidade ideológica e manipulação de mercado. A ação perpetrada por eles teria resultado no rombo de bilhões. Entre os denunciados estão Miguel Gutierrez, Anna Saicali, Timotheo Barros, Marcio Cruz, Anna Sotero, João Guerra, Jean Pierre, Luiz Augusto Saraiva, Carlos Padilha, Murilo Correa, Fabien Picavet, Maria Christina Ferreira e Raoni Lapagesse.

Conforme apresentado pelo órgão, os diretores da Americanas integravam um “grupo criminoso” que cooptava funcionários dos bancos para participar da fraude, especialmente através da alteração de cartas de circularização. “De modo a encobrir as operações de Risco Saco, garantindo, assim, a continuidade das fraudes contábeis e a não identificação pelas auditorias”, afirmou a PF.

Essas operações eram feitas pelos bancos Itaú e Santander para o Grupo Americanas, mas não constavam nos balanços. Por meio de nota, o Santander declarou que não possui “ingerência, supervisão ou responsabilidade sobre as demonstrações financeiras da Americanas”.

“A própria companhia informou, em fato relevante de 13/6/2023, que as demonstrações foram fraudadas pela diretoria anterior. O banco sempre informou os saldos das operações da empresa nas cartas de circularização e ao Sistema Central de Risco do Banco Central, que é uma entre as possíveis fontes de auditagem”, diz a nota.

Já o Itaú informou que não possui “qualquer participação, direta ou indireta, na fraude contábil que a Americanas sofreu”. “O banco sempre prestou às auditorias e aos reguladores informações corretas e completas sobre as operações contratadas pela empresa, conforme legislação vigente e melhores práticas de mercado”, disse a instituição.

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