O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se reuniram pessoalmente pela primeira vez desde a tensa discussão que tiveram no Salão Oval, em fevereiro deste ano. O encontro ocorreu em Roma, durante o funeral do Papa Francisco, mas os detalhes sobre a conversa permanecem escassos.
Segundo o diretor de comunicações da Casa Branca, Steven Cheung, os líderes tiveram "uma discussão muito produtiva". Em sua conta no X (antigo Twitter), Zelensky descreveu a reunião como "muito simbólica" e sugeriu que ela poderia ser "histórica".
Good meeting. We discussed a lot one on one. Hoping for results on everything we covered. Protecting lives of our people. Full and unconditional ceasefire. Reliable and lasting peace that will prevent another war from breaking out. Very symbolic meeting that has potential to… pic.twitter.com/q4ZhVXCjw0
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) April 26, 2025
Histórico de tensão
A última interação direta entre Trump e Zelensky havia terminado de forma abrupta em fevereiro, após uma discussão envolvendo também o vice-presidente J.D. Vance. Na época, Zelensky classificou o episódio como "ruim para ambos os lados" durante entrevista ao programa Special Report.
Agora, o reencontro ocorre em um momento delicado: as negociações de paz entre Rússia e Ucrânia estão estagnadas, com ambos os lados mantendo exigências conflitantes que dificultam um acordo.
Após sua chegada a Roma, Trump comentou sobre o impasse no Truth Social, afirmando que "um bom dia para conversas e reuniões com a Rússia e a Ucrânia" estava se desenhando. "Eles estão muito próximos de um acordo, e os dois lados devem agora se reunir, em níveis muito altos, para concluí-lo", escreveu. Trump também reforçou seu apelo: "Parem o derramamento de sangue, AGORA".
Críticas e otimismo
Nos últimos dias, Trump fez críticas públicas a ambos os lados do conflito. Na quinta-feira, cobrou que Vladimir Putin cessasse os ataques a Kiev, afirmando "não estar satisfeito" com a continuidade dos bombardeios. Antes disso, já havia criticado Zelensky por sua postura firme em não reconhecer a soberania russa sobre a Crimeia, invadida em 2014.
Apesar das críticas, a Casa Branca mantém uma postura otimista sobre a capacidade de Trump em ajudar a encerrar o conflito. "Esta guerra tem fim. Ambos os lados precisam concordar com ela", disse o Secretário de Estado Marco Rubio a repórteres, acrescentando que houve "boas reuniões no fim de semana".
Trump, por sua vez, declarou estar cumprindo seu próprio "prazo" para alcançar a paz e acredita haver "uma chance muito boa de fechar um acordo".
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