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Belo Horizonte - Minas Gerais

Homem e bebê morrem em desabamento de prédios em Belo Horizonte

As causas do acidente ainda estão sendo apuradas. Segundo a prefeitura, o imóvel que desabou é irregular.

Dois prédios desabaram na madrugada desta terça-feira, 7, na zona norte de Belo Horizonte, matando uma menina de um ano e oito meses e um homem de 35 anos. Um imóvel de quatro andares desabou totalmente. O prédio ao lado, de três pavimentos, teve o segundo e o terceiro andar colapsados, e o térreo foi interditado por conta do alto risco de desabamento, informa a Defesa Civil.

O acidente ocorreu no bairro Jaqueline. Os corpos das duas vítimas foram encaminhados ao Instituto Médico-Legal de Minas Gerais, onde estão sendo submetidos a exames de necropsia e identificação. Outras três vítimas adultas foram resgatadas com vida e encaminhadas às unidades hospitalares.

O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 00h20 de terça. De acordo com o Tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros Militar de Minas, as equipes, formadas por cerca de 65 militares e mais de 13 viaturas, conseguiram chegar em cerca de cinco minutos ao local.

Foto: Divulgação/Corpo de BombeirosCorpo de Bombeiros de Minas Gerais
Corpo de Bombeiros de Minas Gerais

Não havia ninguém no prédio de quatro andares no momento do desabamento. Nesse edifício, uma oficina mecânica funcionava no térreo, e os outros andares estavam sendo reformados.

O outro edifício, de três andares, era familiar e estava ocupado por sete pessoas no momento do colapso da estrutura, explica o tenente. Dessas pessoas, quatro estavam nos andares inferiores, e três pessoas estavam no andar superior, que, segundo Aihara, foram as vítimas mais afetadas.

No andar superior, uma mulher, de 23 anos, e a filha pequena estavam em um dos cômodos. O padrasto desta mulher, de 35 anos, estava no cômodo ao lado, conta Aihara. “Pela violência do impacto, com uma estrutura muito pesada, a criança, de um ano e oito meses, não sobreviveu." A mulher foi socorrida com vida e foi transportada ao hospital.

Segundo Aihara, usando alguns equipamentos específicos, como detectores de vida, o Corpo de Bombeiros identificou rapidamente onde o homem estava, um local de maior dificuldade de acesso. “A gente teve de retirar uma quantidade muito grande de escombros, terra e destroços para conseguir acessá-lo. Foi um trabalho que durou um pouco mais de quatro horas”, relata o tenente. Antes mesmo de retirá-lo, foi verificado que a vítima estava sem vida.

Segundo testemunhas ouvidas pelos bombeiros, a edificação que colapsou primeiro foi a de quatro andares. Um casal, de aproximadamente 50 anos, que morava na edificação ao lado, conseguiu sair. Uma adolescente de 13 anos também foi parcialmente afetada, mas foi conduzida ao atendimento médico e não teve nenhum tipo de agravamento.

As causas do acidente ainda estão sendo apuradas. A Prefeitura de BH informou que o imóvel que desabou é irregular, ou seja, sem projeto aprovado ou baixa de construção. Segundo a Defesa Civil da cidade, o imóvel de número 103 da Rua Gonçalo de Souza Barros é particular e sem registros de ocorrências, vistorias ou riscos estruturais no seu sistema. Os imóveis em torno ainda estão passando por vistoria.

Defesa Civil e Corpo de Bombeiros apontam que não chovia no momento do acidente. Ainda que a chuva de horas antes na região possa ter contribuído para o desabamento, a causa só poderá ser definida após a perícia da Polícia Civil.

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