As Forças de Defesa de Israel confirmaram nesta segunda-feira (16), que 199 pessoas estão em poder do Hamas , o grupo terrorista que realizou um ataque-surpresa sem precedentes em 7 de outubro. A situação tem gerado grande preocupação e mobilização internacional, com esforços consideráveis para a resolução desse impasse.

De acordo com Daniel Harari, porta-voz do Exército israelense, durante uma entrevista coletiva, "os esforços relativos aos reféns são uma prioridade nacional". O ataque do Hamas, que resultou em mais de 1,4 mil mortes em Israel, causou indignação e comoção, sendo uma das maiores crises enfrentadas pela região nos últimos tempos. A Palestina também contabiliza um alto número de mortos, chegando a 2,7 mil.

Entre os reféns estão dois jornalistas israelenses de renome, com 83 e 85 anos de idade, que dedicaram décadas de suas vidas ao jornal de esquerda Al Hamishmar, em defesa da paz e do reconhecimento do povo palestino, conforme relata o jornal britânico The Guardian.

O profissional de 83 anos foi levado de sua casa no kibbutz de Nir Oz, e outros reféns foram sequestrados nas comunidades da fronteira entre Israel e Gaza, segundo as Forças de Defesa. Além disso, Thelet Fishbein Zaaror, uma jovem de 18 anos, nascida em Israel, mas de família brasileira, também figura entre os reféns.

A situação dos reféns é diversificada, incluindo soldados israelenses, mulheres, crianças, idosos, estrangeiros e cidadãos com dupla nacionalidade de pelo menos 15 países, como 13 franceses, oito alemães, cinco norte-americanos e dois mexicanos. Infelizmente, o governo não divulgou o número de reféns que perderam a vida nas mãos do Hamas.

Nesse contexto, os Estados Unidos têm buscado meios para retirar seus cidadãos de Gaza, mais especificamente por Rafah, cidade na Faixa de Gaza que faz fronteira com o Egito. Embora os governos egípcio e israelense tenham concordado com a retirada dessas pessoas, o Hamas, que controla Gaza, não tem permitido a saída delas, tornando a situação ainda mais complexa.

A comunidade internacional observa com grande apreensão os desdobramentos desse conflito e busca soluções para garantir a libertação dos reféns e, ao mesmo tempo, promover a paz na região. A situação atual requer negociações e esforços diplomáticos intensivos para encontrar uma saída para esse impasse que tem afetado diretamente a vida de centenas de pessoas e a estabilidade da região.