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Pela primeira vez mulheres vão às urnas na Arábia Saudita

É a primeira vez que mulheres poderão votar e ser votadas.

Neste sábado (12) um fato histórico acontece na Arábia Saudita: pela primeira vez mulheres poderão votar e ser votadas. O país realiza as eleições municipais, onde os cidadãos vão escolher seus representantes locais.

Apesar disso, apenas um em cada sete candidatos é mulher. Ao todo são 7 mil candidatos concorrendo a 3.100 vagas na assembleia. O número de homens que se registraram como votantes (1,35 milhão) é mais de dez vezes maior do que o número de mulheres que vão exercer seu direito (130.637).
Imagem: Jordan Pix/Getty ImagesPela primeira vez mulheres vão às urnas na Arábia Saudita(Imagem:Jordan Pix/Getty Images)Pela primeira vez mulheres vão às urnas na Arábia Saudita

Vários candidatos foram banidos das eleições no país e pelo menos duas ativistas que lutavam a favor dos direitos humanos estão fora da disputa eleitoral.

Apesar de ser um grande começo, as apesar das mulheres terem conseguido o direito do voto, isso não significa que elas passem a ter os mesmos direitos que os homens no país.

A Arábia Saudita ainda proíbe que mulheres dirijam ou viagem sem autorização do marido, pai ou irmão, por exemplo. Para interagir com apoiadores da campanha nas redes sociais, as mulheres também devem ser representadas por homens e durante os comícios devem discursar atrás de uma divisória.

É esperado que, apesar das assembleias municipais terem poderes limitados no país, com as mulheres no “poder”, haja o início de uma mudança nas questões relacionadas à cidadania.

"Todo o mundo está falando sobre a participação das mulheres, mas não é só sobre isso - é sobre engajamento civil", disse Rasha Hefzi, que aos 38 anos se candidatou à eleição. O slogan da candidata é “Nós começamos e vamos continuar”.

A esperança tomou conta das mulheres no país com o reino de Abdullah, predecessor de Salman, que morreu em janeiro. Apesar das pequenas mudanças, existem barreiras criadas pelo islamismo e pelo wahabismo – doutrina baseada na interpretação literal do Alcorão – que fazem da Arábia Saudita um dos países que mais restringem dos direitos das mulheres.

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