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Donald Trump assina ordem ampliando medidas de veto a refugiados

Trump também assinou uma ordem executiva que visa “reconstruir” as Forças Armadas, aumentando seus recursos e a quantidade de navios e aviões, segundo o presidente.

Nesta sexta-feira (27), o presidente do Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva em que implementa “novas medidas de veto” a pessoas que desejam entrar no país. As ações visam manter “terroristas islâmicos radicais” fora do país.

Segundo o G1, a ordem executiva foi assinada no Pentágono, onde o presidente se encontrou com chefes de equipes e participou da cerimônia de posse do novo secretário de Defesa, James Mattis.

Trump também assinou uma ordem executiva que visa “reconstruir” as Forças Armadas, aumentando seus recursos e a quantidade de navios e aviões, segundo o presidente.

  • Foto: APDonald TrumpDonald Trump

A decisão de Trump de dificultar a entrada de refugiados nos EUA foi criticada pelo Comitê Internacional de Resgate (IRC). O presidente David Miliband declarou que os refugiados estão fugindo do terror e que eles não são os terroristas.

Atualmente o processo para que um refugiado seja acolhido pelos Estados Unidos pode levar até 36 meses e envolve análises que chegam a um scanner biométrico. De acordo com o comitê, um candidato é submetido a avaliação de 12 a 15 agências governamentais antes de ter sua entrada autorizada e todo o processo é acompanhado pelo Departamento de Segurança Nacional dos EUA.

A paquistanesa Malala Yousafzai, que ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 2014, divulgou através de sua fundação um comunicado no qual diz estar "de coração partido" pela ação de Trump.

Confira abaixo:

"Estou de coração partido porque hoje o presidente Trump está fechando as portas para crianças, mães e pais que fogem da violência e da guerra. Estou de coração partido porque a América está voltando suas costas a um orgulhoso histórico de dar boas-vindas a refugiados e imigrantes - as pessoas que ajudaram a construir seu país, prontas a trabalhar duro em troca de uma chance justa de uma vida nova.

Estou de coração partido porque as crianças refugiadas sírias, que sofreram ao longo de seis anos de guerra sem culpa de nada, estão sendo discriminadas.

Estou de coração partido por garotas como minha amiga Zaynab, que fugiu de guerras em três países - Somália, Iêmen e Egito - antes mesmo de fazer 17 anos. Dois anos atrás ela recebeu um visto para ir aos Estados Unidos. Ela aprendeu inglês, se formou no ensino médio e está agora na faculdade estudando para ser uma advogada de direitos humanos.

Zaynab foi separada de sua irmã mais nova quando fugiu do Egito. Hoje suas esperanças de se reunir com sua preciosa irmã são obscurecidas.

Neste momento de incerteza e agitação no mundo, peço ao presidente Trump que não vire suas costas para as crianças e famílias mais indefesas do mundo".

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