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Biden diz que 28 mil pessoas já foram retiradas do Afeganistão

Presidente defendeu ação no país e diz que é ‘impossível’ retirar tanta gente sem ver imagens caóticas.

Bastante criticado pela retirada caótica de americanos e colaboradores do Afeganistão, o presidente dos EUA, Joe Biden, tentou novamente neste domingo (22) passar tranquilidade e garantiu que todos voltarão a salvo para casa. Em uma coletiva de imprensa, ele disse que 28 mil pessoas já foram retiradas do Afeganistão em agosto, sendo 11 mil em apenas 36 horas.

Biden voltou a garantir que “todo americano que quiser voltar para casa, vai conseguir”. Segundo ele, não há a possibilidade de retirar tantas pessoas “sem presenciarmos essas imagens que passam na televisão”.

“As pessoas vão conseguir sair do Afeganistão. Nós fizemos mudanças e ampliamos o acesso ao aeroporto e à zona de segurança”, disse o presidente. “Por enquanto, o Taleban não atacou as forças americanas e tem deixado os americanos saírem, como haviam prometido. Vamos ver se o que estão falando é verdade.”

Enquanto os EUA tentam retirar civis do Afeganistão, o Taleban vem enfrentando seu primeiro desafio armado. No fim de semana, ex-soldados afegãos, ajudados por aldeões, expulsaram os militantes de três distritos nas montanhas ao norte de Cabul. Ahmad Massoud, que lidera o movimento de resistência, disse à emissora Al-Arabiya que, se o Taleban não negociar, a guerra civil será “inevitável”. “Enfrentamos a União Soviética e seremos capazes de enfrentar o Taleban”, disse.

Os confrontos ocorreram em vales remotos na sexta-feira. Um vídeo postado nas redes sociais mostrou combatentes e civis derrubando a bandeira branca do Taleban e hasteando a bandeira nacional afegã vermelha, verde e preta. Em um tuíte, o ex-ministro da Defesa em exercício, Bismillah Khan Mohammadi, chamou os combatentes de “forças de resistência popular”. “A resistência ainda está viva”, escreveu.

A questão é quanto tempo essa resistência poderá sobreviver. As tropas afegãs teriam recuado para a região na semana passada, após a queda do governo e os EUA indicarem que não estariam dispostos a enfurecer o Taleban, já que as operações de retirada no aeroporto de Cabul agora dependem amplamente do movimento islâmico.

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