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Doze pessoas são presas por exploração sexual de latinas na França

As vítimas eram recrutadas ainda em seu país de origem com a promessa de uma vida melhor na Europa.

Doze pessoas foram presas nesta semana na França, Espanha e Colômbia por participarem de esquema de exploração sexual de pelo menos 50 mulheres latino-americanas na Europa, segundo informações divulgadas pela AFP. A operação que investiga o caso teve início na terça-feira (29).

As vítimas eram mulheres colombianas, venezuelanas, peruanas e paraguaias, com idade entre 20 e 40 anos. Elas eram recrutadas por um casal formado por um colombiano e uma venezuelana, que prometiam um futuro melhor na Europa.

“[As mulheres] eram exploradas de forma absolutamente industrial na França, com até dez serviços por dia, o que permitiu à rede faturar até 30 milhões de euros (cerca de R$ 163 milhões) por ano”, declarou a diretora do Escritório Central de Repressão ao Tráfico de Pessoas (OCRTEH), Elvire Arrighi.

O casal foi preso na Colômbia. Além deles, mais seis pessoas – quatro homens e duas mulheres- também foram detidos na Espanha; e mais dois homens e duas mulheres na França, de acordo com fonte policial que confirmou informações da rádio France Inter e do jornal “Le Parisien”.

Exploração na França

O esquema de exploração funcionava em toda a França, as mulheres traficadas não falavam francês, então o contato com os clientes era feito através de um “call center” na Espanha. Nas três buscas domiciliares realizadas na Espanha foram apreendidos 17.000 euros (17.700 dólares) e 33 celulares.

Segundo o “Le Parisien”, a rede tinha câmeras e detectores de presença para gravar os clientes quando pagavam pelo serviço. Além disso, a comissária francesa explicou que as mulheres “tinham que prestar contas por mensagem após cada serviço”.

Obrigadas a fazerem até 10 programas, o dinheiro ganho era repassado para os membros da rede de exploração para o reembolso das despesas da viagem à Europa, o que sobrava era enviado para suas famílias.

Para Elvire Arrighi, as mulheres estavam “sob a influência” desta rede, “porque nunca conseguiriam aquele dinheiro, até 250 euros por dia”, permanecendo em seu país de origem.

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