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Biden assina decreto de reforma policial 2 anos após a morte de Floyd

Decreto de Joe Biden amplia responsabilidade dos policiais americanos para evitar má conduta.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou um decreto na noite desta quarta-feira, 25, para ampliar a responsabilidade dos policiais americanos. A assinatura aconteceu no dia em que a morte de George Floyd, que provocou protestos e discussões em todo o país sobre o racismo e o uso excessivo da força policial, completa dois anos.

O decreto prevê a criação de uma base nacional com registros de infrações para ajudar a rastrear policiais com má conduta, estabelece padrões de investigação e altera procedimentos da atuação de agentes federais, como o banimento do sufocamento.

“Estamos mostrando que falar é importante. Estar comprometido é importante. Que o trabalho do nosso tempo, para curar a alma desta nação, está em andamento, mas inacabado. Ele exige que todos nós nunca desistamos”, declarou Biden, um dia depois dos Estados Unidos viver mais um episódio de violência com dezenas de mortos.

Apesar da ordem, o governo de Biden não pode exigir que os departamentos de polícia locais participem do banco de dados, que visa impedir que os policiais com má conduta saiam de um departamento para outro. O governo procura uma maneira de incentivar a cooperação através do financiamento federal.

A família de George Floyd estava na plateia da Casa Branca durante o evento e ouviu quando Biden declarou que “o que fazemos em memória [de Floyd] é importante”.

Organizações e legisladores disseram que o decreto era um passo significativo, mas limitado. “Embora essa ação não tenha o impacto de longo prazo que esperávamos”, disse o advogado da família Floyd, Ben Crump, em comunicado, “representa um progresso incremental. Precisamos nos comprometer a progredir todos os dias”.

A ideia inicial era uma reforma mais ampla sobre as políticas policiais e esforços para reduzir os tiroteios em massa, mas o Congresso dos Estados Unidos não chegou a um acordo sobre o tema. Biden tenta construir um consenso para avançar com mais medidas, que é uma das suas promessas de campanha, mas a crescente preocupação com o crime ofusca a discussão.

A Associação Internacional de Chefes de Polícia e a Ordem Fraternal de Polícia, que participou da elaboração do decreto, afirmou que “vêem muitos componentes da ordem como um modelo para futuras ações do Congresso”.

Já o Movimento pelas Vidas Negras criticou o documento. “A ordem executiva do presidente Biden é uma desculpa pobre para a transformação da segurança pública que ele prometeu aos eleitores negros que o colocaram no cargo”, disse em comunicado.

George Floyd foi morto pela polícia de Minneapolis há dois anos, provocando protestos em todo o país. Foi a maior série de manifestações da história americana, ocorrendo em meio aos bloqueios por coronavírus e à campanha de reeleição do presidente Donald Trump.

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