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Família real viaja às pressas para acompanhar saúde de Elizabeth II

Comunicado do Palácio de Buckingham foi considerado incomum e preocupante.

O Príncipe Harry e sua mulher, Meghan Markle, viajam às pressas nesta quinta-feira, 8, para Balmoral, na Escócia, após o anúncio sobre o estado de saúde da Rainha Elizabeth II. O casal mora na Califórnia desde 2020, quando abandonou a monarquia britânica, em um duro golpe para a instituição, mas estava em Londres para participar em um evento de caridade.

O herdeiro da coroa britânica, o príncipe Charles, de 73 anos, também viajou a Balmoral, que fica 800 km ao norte de Londres, às pressas. Charles viajou ao lado da mulher, Camila, que ganhou mais protagonismo nos últimos meses, ao mesmo tempo em que o príncipe foi assumindo deveres oficiais enquanto a rainha cancelava alguns compromissos, já em razão de seu estado de saúde.

"Charles ficará ao lado de sua mãe. Ele é o herdeiro mais velho e longevo da história britânica. O vimos muitas vezes em pé, representando a rainha, nos últimos meses”, escreveu o correspondente da BBC Nicholas Witchell.

O anúncio da viagem de Harry e Meghan, que não estão em um bom momento com a família real, aumentou a preocupação provocada pelo comunicado de Buckingham por si só incomum. “O palácio não divulga boletins sobre a saúde da rainha a menos que seja algo significativo”, disse o comentarista de família real Robert Hardman à BBC.

A monarca foi colocada sob supervisão médica neta manhã após seus médicos particulares se mostrarem “preocupados com a saúde de Sua Majestade”, informou o Palácio de Buckingham. De acordo com o anúncio da Casa Real, Elizabeth está “confortável” no Castelo de Balmoral, na Escócia, onde costuma passar o verão.

Esse castelo é, há muito, um dos locais preferidos da rainha, que já disse mais de uma vez que nunca foi tão feliz como nos momentos em que passa ali. Nas últimas horas, seguranças se posicionaram do lado de fora e há uma movimentação diferente de carros.

Os outros filhos de Elizabeth II - a princesa Anne, de 72 anos, o príncipe Andrew, de 62 anos, e o príncipe Edward, de 58 anos - também já estão em Balmoral ou a caminho da residência.

Também iniciaram a viagem os filhos de Charles, William, de 40 anos, segundo na linha de sucessão ao trono, e Harry, de 37 anos.

A historiadora Anna Whitelock, professora de história da monarquia na Universidade de Londres, afirmou à rede BBC que o anúncio desta quinta é preocupante e indica que “o fim não está tão distante”.

Segundo jornalistas que cobrem a família real, o anúncio desta quinta é um contraste com os últimos comunicados do Palácio de Buckingham, que diziam muito pouco sobre o estado de saúde da monarca. “O fato de o Palácio sentir a necessidade de divulgar um comunicado e o fato de a família estar viajando dizem tudo”, afirmou o correspondente da BBC Nicholas Witchell.

O arcebispo de Canterbury, Justin Welby, o principal clérigo da Igreja da Inglaterra, da qual a rainha é a líder, afirmou que a monarca está em suas orações.

“Que a presença de Deus fortaleça e conforte Sua Majestade, sua família s os que cuidam dela em Balmoral”, tuitou.

Os líderes dos governos regionais autônomos da Escócia, Gales e Irlanda do Norte também enviaram desejos de melhoras.

O estado de saúde da monarca de 96 anos é motivo de preocupação constante entre autoridades britânicas desde outubro do ano passado, quando foi revelado que ela passou uma noite hospitalizada para ser submetida a “exames” médicos que nunca foram detalhados. Desde então, ela reduziu consideravelmente sua agenda, com aparições em público cada vez mais raras e sendo observada caminhando com dificuldade, com o auxílio de uma bengala.

Mas, nos últimos meses, as ausências da rainha em eventos públicos têm chamado mais atenção. Na quarta-feira, 7, por exemplo, Elizabeth cancelou uma reunião com seu Conselho Privado após ter sido instruída a descansar.

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