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ONU discute tentativa da Venezuela de anexar território da Guiana

O governo de Guiana solicitou intervenção da ONU, após escalada da Venezuela por anexação de território.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) fará reunião nesta sexta-feira, para discutir o conflito entre Venezuela e Guiana envolvendo a reivindicação dos venezuelanos pela região de Essequibo, atual território guianense. O encontro será às 17h (horário de Brasília), a portas fechadas, sem transmissão, como é o habitual em assembleias desse tipo.

A reunião foi um pedido do governo guianense, através de seu chanceler, Hugh Hilton Todd, que solicita ao Conselho de Segurança “uma reunião urgente”, para tratar das “ações empreendidas” pela Venezuela "para anexar formalmente e incorporar ao território venezuelano a região de Essequibo, da Guiana, que constitui mais de dois terços do território soberano [guianense]".

Disputa territorial

A Venezuela argumenta que Essequibo faz parte de seu território, tal qual acontecia em 1777, quando era colônia da Espanha.

Para isso, o governo venezuelano realizou, no último domingo (03), um plebiscito para saber a opinião da população do país acerca da tentativa de anexação de parte do território da Guiana. Ao final da apuração, mais de 96% se mostraram favoráveis à ideia e o presidente Nicolás Maduro enviou Projeto de Lei à Assembleia de seu país para executar o plano.

Para Hugh Hilton, o chanceler guianense, as ações de Maduro “apenas devem agravar a situação”. “Sua conduta constitui claramente uma ameaça direta à paz e à segurança da Guiana, e mais amplamente ameaça a paz e a segurança de toda a região”, diz trecho do documento enviado à ONU por Guiana.

Expectativas do que a ONU pode fazer

O Conselho de Segurança é composto por 15 países, dez em assentos rotativos e cinco permanentes (EUA, Reino Unido, China, Rússia e França), que possuem poder de veto e mesmo sozinhos podem barrar decisões do todo. Um exemplo disso aconteceu recentemente, quando o voto contrário dos representantes estadunidenses foi suficiente para derrubar uma resolução de cessar-fogo no conflito entre Israel e Hamas. A medida foi proposta pelo Brasil, quando estava na presidência rotativa do conselho, durante todo o mês de outubro de 2023.

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