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Estados Unidos eliminam estoque do arsenal de armas químicas

Termina em 30 de setembro o prazo para os Estados Unidos destruírem seu arsenal de armas químicas.

O presidente Joe Biden afirmou, na sexta-feira (07), que os Estados Unidos iriam destruir seu último estoque de armas químicas. Por isso, técnicos do depósito Blue Grass trabalham em uma base militar, no estado do Kentucky, para eliminar os gases mortais acondicionados em cilindros, para assim acabar com o único arsenal do tipo oficialmente declarado no mundo.

Termina em 30 de setembro o prazo para os Estados Unidos destruírem seu arsenal de armas químicas. A data foi estabelecida no âmbito da Convenção sobre Armas Químicas, um acordo internacional assinado por 193 países, em vigor desde 1997.

“Tenho orgulho de anunciar que os Estados Unidos destruíram com segurança a última munição desse estoque, nos aproximando de um mundo livre dos horrores das armas químicas”, disse Biden em um comunicado divulgado pela Casa Branca.

Segundo o jornal Deutsche Welle, trata-se da destruição dos últimos foguetes que restam com o chamado gás sarin, reivindicada por décadas por uma campanha pelo fim de um arsenal que persiste desde a Guerra Fria, com mais de 30 mil toneladas. A substância é 500 vezes mais tóxica do que cianeto e mata mesmo em concentrações muito baixas, cerca de um minuto após a ingestão direta.

Recentemente outra instalação militar americana, perto de Pueblo, no estado do Colorado, concluiu a destruição das últimas armas químicas que abrigava, iniciada em 2016. A missão de eliminar cerca de 2.600 toneladas de projéteis e morteiros cheios de gás mostarda chegou ao fim no último dia 22 de junho.

A destruição do estoque já dura há décadas e o Exército informou que o trabalho está prestes a ser concluído. A última arma do depósito do Colorado foi destruída no mês passado e agora é concluída a eliminação do que sobrou de outro estoque, no Kentucky.

As armas letais utilizadas foram pela primeira vez em larga escala na Primeira Guerra Mundial. De acordo com as Nações Unidas, a estimativa é que tenham matado ao menos 100 mil pessoas. Ativistas pelo controle de armas esperam que o marco alcançado pelos EUA possa motivar os países que ainda não destruíram suas armas químicas a fazê-lo e também ser usado como modelo para a destruição de outros tipos de munição.

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