Cantor dado como morto pelo Governo quer indenização milioná

O cantor piauiense, natural de Piracuruca, Roberto Muller (foto), só descobriu que estava morto quando o amigo e humorista João Cláudio resolveu homenageá-lo pelos 50 anos de carreira, bem sucedida, há alguns dias, em show na churrascaria Gramado, nos arredores de Teresina. Foi após a publicidade intensa que alguns fãs começaram a questionar o show, pois sabiam que Roberto havia morrido ainda jovem. Ele pleiteia na justiça indenização milionária, apesar dos seus advogados não revelarem o valor. Pior é que o autor da informação de que Muller já estava há muito no outro mundo era ninguém menos que o Governo do Estado, através de sua Secretaria de Educação. Em livro didático, a secretaria atesta o sucesso e a morte precoces do cantor que, entretanto, continua vivo e ainda fazendo seu trabalho. Roberto Müller, entrou com a ação de indenização por danos morais, psíquicos e materiais com pedido de concessão parcial de tutela requerendo o reconhecimento perante o Estado do Piauí, que se encontra vivo. A Secretaria de Educação até agora não emitiu qualquer comunicado reconhecendo o erro. A informação está no livro Educação Sem Fronteiras, livro 2, 4ª etapa, fls. 14, na parte que trata da arte, sendo este de responsabilidade do Governo do Estado do Piauí. Diz um trecho da obra: "ainda em 1963, roberto müller, um piauiense de piracurura, tornou-se sucesso nacional com a música "entre espumas". Faleceu ainda jovem e é lembrado com carinho pela sua contribuição." Surpresa Roberto Muller, é um artista de grande sucesso, com 50 (cinqüenta) anos de carreira, completados neste ano de 2007, foi surpreendido pela informação de que havia falecido ainda jovem. Esse caso faz lembrar situação semelhante quando uma editora do Paraná retirou o Estado do Piauí do mapa do Brasil. Ainda hoje tal fato é lembrado pela maioria dos piauienses, como motivo de humilhação, esquecimento e chacota. Do mesmo modo, sentiu-se Roberto Müller, que fora surpreendido com a declaração contida em livro recomendado ao ensino dos jovens do seu Estado, com a informação de havia falecido e ainda, jovem! Pode-se citar alguns ítens de sua bem sucedida carreira: na década de 60, nesse tocante o livro ressaltou corretamente, fez sucesso nacional com as músicas "Sofro por Ti" e "Entre Espumas". No Rio de Janeiro, fez diversos programas, dentre eles, o Hit Parate, na extinta TV Rio de Janeiro, Canal 13. Ainda na década de 60, quando "estourou" em sua carreira artística, cantou na inauguração da TV Globo. Recebeu também nessa época áurea, o Troféu Global Catavento de Ouro. Nas décadas seguintes fez programas na Rádio O Globo, tendo recebido o Troféu Pingo de Ouro do Brasil e, ainda, sido-lhe entregue o Disco de Ouro, no Programa do Chacrinha, este sim falecido. Fez também o Programa do Roberto Carlos na TV Record e os Programas César Alencar e José de Messias na TV Excelsior. E, ainda o Programa Perdidos na Noite, à época apresentado por Fausto Silva. Apenas para ressaltar a bagagem artística do Autor, este gravou 50 Long Player"s (LP"s); 18 (dezoito) CD"s e; 02 (dois) 78 (setenta e oito) rotações. Roberto Mulher gravou pelos selos Copacabana e CBS, atualmente Sony Music. Na década de 70, o sucesso foi o LP denominado "O Romântico de Sempre"; já na década de 80, o sucesso era "No mesmo Lugar"; na década de 90, "Os 20 Super Sucessos" e, no ano de 2000, "Os 50 Anos de Carreira". Roberto Müller atualmente além de percorrer os Estados brasileiros na divulgação de seu último CD, que comemora os seus 50 anos de careira e sucesso profissional, faz diversos shows artísticos, com lotação máxima, em face da empatia e devoção que o público mantém para com o artista. Em face de sua carreira de sucessos, de muitas vitórias e lutas, Roberto Müller surpreendeu-se com o conteúdo do livro mencionado, que noticiava a sua morte, sentindo-se, desse modo, magoado, humilhado, tendo sofrido ainda emocionalmente, sendo enfim, motivo de chacotas, piadas, brincadeiras de mau gosto, dentre outros tipos de situações constrangedoras pelas quais passou e ainda passa, já que o livro continua em circulação.