Os três ciganos acusados de assassinar com quatro tiros, o Policial Civil do Piauí, José André Pereira dos Santos, no conjunto Porto Alegre, na Zona Sul de Teresina-PI, no final da tarde da última terça-feira (21), são acusados de ter assassinado a tiros, em Petrolina, no Estado de Pernambuco, um delegado de polícia e um cantor. A informação foi prestada no início da noite desta quarta-feira (22) pelo policial civil Fred Maia, que está participando das investigações e buscas aos acusados de executar o agente André, como era mais conhecido.
Fred Maia falou ao Portal GP1 que os três ciganos são foragidos de Pernambuco, onde teriam praticado os dois assassinatos. Eles estariam morando em Teresina-PI, em três casas alugadas, no Bairro Santa Clara, próximo ao conjunto Porto Alegre, na Zona Sul da Capital Piauiense. Fred acrescentou que em uma das casas alugadas pelos ciganos, moravam os três acusados de matar o policial e mulheres e nas outras, ficavam idosos e crianças.
Segundo ainda o policial Fred Maia, os três homens acusados de executar o agente André, são tidos como violentos e valentes, e em Teresina, estavam se passando como corretores de carros. Nos últimos dias, eles estavam andando no mesmo veículo Saveiro que utilizaram para a fuga, em companhia de um homem que já foi preso pela Polícia do Piauí, por envolvimento em assaltos a mão armada. O Saveiro utilizado pelos três ciganos que estão sendo procurados por toda a Polícia do Piauí tinha placa de São Paulo e recentemente, a placa foi transferida para o Piauí e está em nome de um homem suspeito que está sendo investigado pela equipe que apura a morte do policial civil André.
De acordo ainda com informações prestadas pelo policial Fred Maia, que esteve no local onde André foi morto com quatro tiros, no bar do Chagas do Bode, no Porto Alegre, os acusados sempre foram vistos andando armados na Zona Sul de Teresina, mas a população tinha medo de denunciar, por eles serem temidos, por já terem matado um delegado e um cantor em Petrolina. Fred acrescentou que testemunhas que estavam no bar onde ocorreu o crime, afirmam que tudo começou quando dois ciganos se recusaram a pagar algumas cervejas e foram chamados para acertar a conta pelo proprietário Chagas, quando então teve início uma discussão e o policial André que estava conversando com alguns amigos no local, interferiu. Durante a discussão, houve empurrões e o policial André teria dado um tapa em um dos ciganos, segundo informou Fred Maia. Fred disse que o policial André ainda foi aconselhado por amigos a ir embora, pois os ciganos eram perigosos. Os dois ciganos saíram e logo voltaram acompanhados de um terceiro cigano que se passa até por cantor. Um dos ciganos ficou no Saveiro e dois entraram no bar onde ainda se encontrava o policial André e já foram logo perguntando quem era o valentão ali e em seguida, um dos ciganos atirou no agente. Os tiros atingiram a cabeça, o peito e a virilha do policial civil, que morreu no local. Fred Maia adiantou que os acusados serão investigados também por envolvimento em assaltos no Piauí.
O delegado Bonfim Filho, Coordenador da Comissão Investigadora do Crime Organizado no Piauí falou ao Portal GP1 que a comissão está ajudando nas investigações e diligências para prender os matadores do policial civil José André Pereira dos Santos. O agente André trabalhou durante vários anos na Polinter e atualmente estava trabalhando na Decotec, onde estava de plantão no dia em que foi assassinado. André saiu da Decotec para ir até sua casa no Loteamento Porto Alegre, onde iria jantar e voltar para o plantão. Ele resolveu entrar no bar para falar com alguns amigos e foi quando então, acabou interferindo na confusão entre o comerciante Chagas e os ciganos e acabou sendo assassinado. A pistola ponto quarenta que André usava ficou ao lado do seu corpo.
Policiais Civis informaram ao GP1 que o caixão para colocar o corpo do policial André foi doado pelo delegado Laércio Eulálio, Presidente da Associação dos Delegados de Carreiras da Polícia Civil. O motivo teria sido porque o sindicato ao qual André era filiado, queria fornecer uma urna funerária que não era do agrado dos colegas de André.
O sepultamento do policial civil ocorreu no final da tarde desta quarta-feira (22), no Cemitério Santa Cruz, no Promorar, na Zona Sul de Teresina. Vários policiais civis e amigos de André, compareceram ao seu velório e sepultamento para prestar as últimas homenagens.
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