Decorridos mais de três meses de propaganda eleitoral, os políticos piauienses continuam indiferentes aos temas ligados ao desenvolvimento da arte e da cultura no Estado do Piauí. No entanto, de acordo com recente pesquisa divulgada pelo PCult – Partido da Cultura (uma organização que congrega entidades governamentais e não-governamentais para a criação de um Sistema Nacional de Cultura) sobre os investimentos estaduais no setor cultural, de 2007 ao primeiro semestre de 2010, o nosso Estado ocupa os últimos lugares no ranking nacional em todas as categorias pesquisas (veja link - http://partidodacultura.blogspot.com).
O que é lamentável, visto que, em termos econômicos, a indústria cultural é a segunda maior no mundo, só perdendo para a indústria bélica com seus bilhões de dólares investidos em armas. Vale ressaltar que, de acordo com a pesquisa, estados como Bahia, Distrito Federal, Pará, Pernambuco, Maranhão e Amazonas começam a despontar no cenário nacional, acompanhando o desenvolvimento de estados, historicamente, fortes como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná.
Talvez, os nossos políticos vão argumentar que, num estado pobre como é o Piauí, seja impossível falar de um tema que não seja, claramente, urgente e emergente, pelo menos no dizer dos próprios políticos. Então, preferem dizer que vão construir mais escolas, hospitais, creches, asilos, que vão dar emprego e comida, gerar renda, dentre outros produtos da cultura da indústria da fome, da pobreza e da miséria. Neste sentido, o desenvolvimento não passa de uma articulação vertical, manipuladora e obsessiva que há anos vive na intenção dos políticos, os que sabem, e na angústia daqueles que não sabem, os que votam. ...E o Sertão continua ao Deus-dará!!!
A verdade, é que falta algo mais, e o discurso se esgota na necessidade de uma prática desenvolvimentista, dentro de uma índole cidadã, uma versão que desmistifique práticas políticas arcaicas e que o mundo já está extinguindo em muitos setores. Falta também “vergonha na cara” (De ambos os lados), falta coragem de apostar no novo, numa nova cultura, e na possibilidade de uma sociedade, verdadeiramente, justa e solidária, integrada a um discurso pluripartidário, democrático e sustentado.
No ano passado, quase acabaram com a cultura dos desfiles de escolas de samba no carnaval de Teresina. Desconheceram os sábios gestores que, por traz de uma fantasia de carnaval, também tem uma legião de trabalhadores e trabalhadoras, pais e mães de família, ávidos e atentos por incentivo e crédito nas suas aptidões e vocações. E se quiserem saber, aqui também tem votos, tão desejados pelos políticos. Claro, que sim! Senão vejamos: Uma escola de samba tem, em média, mil componentes, sendo que, aqui em Teresina, existem atualmente oito escolas. Vale ressaltar, ainda, que a passarela do samba lotada pode chegar a ter 100 mil espectadores ou mais, muito mais. E por aí vai.
É com base nisto que a LIEST – Liga Independente das Escolas de Samba de Teresina vem a público manifestar sua indignação frente à indiferença dos políticos piauienses no pleito eleitoral 2010, com relação à arte e a cultura do nosso estado, visto que, no final destes três meses de propaganda eleitoral, nada, ou quase nada, foi discutido pouquíssimo foi mencionado e a cultura continua esquecida.
LIEST – LIGA INDEPENDENTE DAS ESCOLAS DE SAMBA DE TERESINA
Grêmio Recreativo Escola de Samba Skindô
Grêmio Recreativo Escola de Samba Sambão
Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos da Saudade
Grêmio Recreativo Escola de Samba Brasa Samba
Mocidade Alegre do Parque Piauí
Grêmio Recreativo Escola de Samba Galo Tricolor
Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos da Santana
Teresina, 30 de setembro de 2010
*José Marques de Sousa Filho
O que é lamentável, visto que, em termos econômicos, a indústria cultural é a segunda maior no mundo, só perdendo para a indústria bélica com seus bilhões de dólares investidos em armas. Vale ressaltar que, de acordo com a pesquisa, estados como Bahia, Distrito Federal, Pará, Pernambuco, Maranhão e Amazonas começam a despontar no cenário nacional, acompanhando o desenvolvimento de estados, historicamente, fortes como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná.
Talvez, os nossos políticos vão argumentar que, num estado pobre como é o Piauí, seja impossível falar de um tema que não seja, claramente, urgente e emergente, pelo menos no dizer dos próprios políticos. Então, preferem dizer que vão construir mais escolas, hospitais, creches, asilos, que vão dar emprego e comida, gerar renda, dentre outros produtos da cultura da indústria da fome, da pobreza e da miséria. Neste sentido, o desenvolvimento não passa de uma articulação vertical, manipuladora e obsessiva que há anos vive na intenção dos políticos, os que sabem, e na angústia daqueles que não sabem, os que votam. ...E o Sertão continua ao Deus-dará!!!
A verdade, é que falta algo mais, e o discurso se esgota na necessidade de uma prática desenvolvimentista, dentro de uma índole cidadã, uma versão que desmistifique práticas políticas arcaicas e que o mundo já está extinguindo em muitos setores. Falta também “vergonha na cara” (De ambos os lados), falta coragem de apostar no novo, numa nova cultura, e na possibilidade de uma sociedade, verdadeiramente, justa e solidária, integrada a um discurso pluripartidário, democrático e sustentado.
No ano passado, quase acabaram com a cultura dos desfiles de escolas de samba no carnaval de Teresina. Desconheceram os sábios gestores que, por traz de uma fantasia de carnaval, também tem uma legião de trabalhadores e trabalhadoras, pais e mães de família, ávidos e atentos por incentivo e crédito nas suas aptidões e vocações. E se quiserem saber, aqui também tem votos, tão desejados pelos políticos. Claro, que sim! Senão vejamos: Uma escola de samba tem, em média, mil componentes, sendo que, aqui em Teresina, existem atualmente oito escolas. Vale ressaltar, ainda, que a passarela do samba lotada pode chegar a ter 100 mil espectadores ou mais, muito mais. E por aí vai.
É com base nisto que a LIEST – Liga Independente das Escolas de Samba de Teresina vem a público manifestar sua indignação frente à indiferença dos políticos piauienses no pleito eleitoral 2010, com relação à arte e a cultura do nosso estado, visto que, no final destes três meses de propaganda eleitoral, nada, ou quase nada, foi discutido pouquíssimo foi mencionado e a cultura continua esquecida.
LIEST – LIGA INDEPENDENTE DAS ESCOLAS DE SAMBA DE TERESINA
Grêmio Recreativo Escola de Samba Skindô
Grêmio Recreativo Escola de Samba Sambão
Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos da Saudade
Grêmio Recreativo Escola de Samba Brasa Samba
Mocidade Alegre do Parque Piauí
Grêmio Recreativo Escola de Samba Galo Tricolor
Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos da Santana
Teresina, 30 de setembro de 2010
*José Marques de Sousa Filho
Ver todos os comentários | 0 |