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Política

Estado do Piauí mobiliza Segurança e Semar após envenenamento em apiário

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Meio-Norte) está investigando.

Preocupado com danos ao meio ambiente, o governador Wellington Dias determinou que áreas específicas do Estado tomem providências quanto à dizimação de colmeias por envenenamento com herbicida, em apiário nas margens da Lagoa do Boi, a 4,5 Km de Nova Santa Rita, município a 444 Km de Teresina.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Meio-Norte) está investigando as causas da morte de cerca de 3 milhões de abelhas africanas na Lagoa do Boi. A suspeita é de que a colmeia tenha sido dizimada pelo uso criminoso de herbicida, produto químico usado para exterminar plantas invasoras e ervas daninhas.

Segundo informações de Noemi Barros, dona do apiário que ainda não calculou os danos decorrentes do envenenamento, o problema foi detectado no dia 11 deste mês. Uma semana antes, dia 4, funcionários colheram mel normalmente no apiário em Nova Santa Rita, cidade próxima a São João do Piauí. Eles retornaram no dia 11 para dispor melgueiras sobre os ninhos, em procedimento normal no processo produtivo, mas encontraram milhares de abelhas mortas.

Técnicos descartam mortes por doença

Eles constataram que os danos se estendiam por todas as 50 caixas da colmeia. Cada uma delas estava bem povoada, com cerca de 60 mil por caixa, o que dá 3 milhões de abelhas da raça Apis mellifera, preferida dos apicultores pela alta produtividade.

Técnicos da Embrapa Meio-Norte descartaram a possibilidade de que alguma doença tenha dizimado a colmeia, porque todas as abelhas morreram. Além disso, há sinais do uso de herbicidas em folhagens próximas às colmeias. Técnicos da Embrapa também alertaram para possíveis danos semelhantes em apiários de São Raimundo Nonato e Simplício Mendes.

Noemi Barros, que é apicultora há três anos e meio, disse que as 50 caixas produziam em quantidade suficiente para uma colheita de 500 quilos de mel a cada 15 dias. Até o fim da safra, entre junho e julho, seriam realizadas aproximadamente dez colheitas, para 5 toneladas de mel, parte do qual seria destinada à exportação.

Polinização prejudicada

Ela explicou que não há riscos para os consumidores, porque as abelhas contaminadas morreram mesmo antes de produzirem mel, que portanto, não existe para ser comercializado. Os maiores riscos do possível envenenamento são ambientais. Ela disse que as abelhas são, de longe, os maiores agentes polinizadores da natureza.

A dizimação maciça das colmeias diminui significativamente a polinização da flora regional, prejudicando sobretudo a manutenção do pasto apícola. Preocupado com isso, o governador Wellington Dias determinou aos órgãos estaduais responsáveis pelo meio ambiente providências cabíveis. Mobilizou, também, a Secretaria de Segurança Pública, para investigar o uso criminoso de herbicidas que dizimou as colmeias em Nova Santa Rita.

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