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Ciência e Tecnologia

Evitar o uso de antibióticos para o controle de infecção em recém-nascidos é uma tendência mundial

Este e outros assuntos serão alvo de discussão no evento que deve ser um dos maiores em todo o Brasil.

O Simpósio Internacional de Neonatologia promovido pela Maternidade Santa Joana de 12 a 14 de março, em São Paulo, receberá palestrantes estrangeiros que são referência no segmento e que estão pela primeira vez no País. O encontro aborda, entre outros temas, a importância do controle da infecção hospitalar em recém-nascidos internados na UTI Neonatal, tema que recorrente desafia especialistas de diferentes áreas da Saúde, quando registram infecções graves que levam à morte vários pacientes.


Ao contrário do que se imagina, há uma tendência mundial que recomenda a redução do tratamento à base da antibioticoterapia, uso de antibióticos nas infecções mais comuns da prática clínica, dentro das UTIs Neonatais. “O controle da utilização de tratamento medicamentoso é uma das medidas para evitar a proliferação das infecções”, diz Rosana Richtmann, presidente da Comissão de Controle de Infecção do Hospitalar do Santa Joana,organizadora do evento científico que reúne médicos de todo o Brasil na discussão deste assunto.

Preocupada constantemente com o controle da infecção hospitalar no ambiente da UTI Neonatal, a Maternidade Santa Joana possui um índice de infecção abaixo do que preconizam os órgãos de Saúde. Dados da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar apontam que os índices de infecção na UTI Neonatal do Santa Joana são de 8%, enquanto média nacional é de em média 22%*

Chegar ao índice do Santa Joana só é possível por conta dos cuidados especiais como ter estrutura de profissionais proporcional ao número de internados, fazer a higiene das mãos a cada bebê cuidado, ter atenção específica para não lesionar a pele do bebê, além dos elementos básicos como assepsia e higiene total do ambiente.

Mesmo quando todas as medidas são cumpridas, pacientes em estado grave, internados por longo tempo, submetidos a cirurgias complexas e com doenças crônicas podem evoluir com infecção. Os hospitais têm a responsabilidade de adotar medidas para controlar a infecção, porém, não são necessariamente culpados quando ela ocorre.

O palestrante americano Danny Benjamin Jr., professor do Departamento de Pediatria, chefe da Divisão de Infectologia da Universidade de Duke, nos Estados Unidos será o responsável por apresentar o tema durante o Simpósio.

Este e outros assuntos serão alvo de discussão no evento que deve ser um dos maiores em todo o Brasil. Entre os palestrantes internacionais convidados estão, além do dr. Nick Evans, professor do Hospital Royal Prince Alfred (Austrália); Danny Benajmin Jr, professor da Universidade Duke (EUA); Terrie Inder, professora da Universidade de Washington e do Hospital das Crianças One Children´s Place (EUA) e Néstor Vain diretor do Departamento de Pediatria e Neonatologia da Maternidad Palermo (Argentina).

O que é infecção hospitalar?

É toda infecção que se manifesta após 72 horas de internação do paciente. Cerca de 80% das infecções hospitalares são causadas por microrganismos (bactérias, vírus, fungos, parasitas) do próprio paciente. Na grande maioria das vezes ela pode ocorrer quando diminuem as defesas do organismo por doenças, pelo uso de antibióticos, cirurgias ou procedimentos realizados no hospital
 

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