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"O Governo pagou a contrapartida e o dinheiro já está no bolso do seu João [Claudino]", diz deputado

O deputado estadual Robert Rios (PCdoB) voltou à tribuna na sessão desta quarta-feira (04) para reiterar o pedido à Construtora Sucesso para que retome as obras de rodovia.

Imagem: DivulgaçãoClique para ampliarRobert Rios(Imagem:Divulgação)Robert Rios
O deputado estadual Robert Rios (PCdoB) voltou à tribuna na sessão desta quarta-feira (04) para reiterar o pedido à Construtora Sucesso para que retome as obras da rodovia de Piracuruca ao povoado Alto Alegre, em São João da Fronteira. O trecho tem 32 Km, dos quais menos de um terço já foram executados. A obra é orçada em aproxidamente R$ 9 milhões.
Rios apelou à bancada do PTB e ao candidato a vice-governador pelo PTB, deputado Flávio Nogueira, para que sensibilize o senador João Vicente Claudino (candidato a governador pelo PTB) e ao empresário João Claudino para que a obra seja retomada.

Flávio Nogueira disse que várias obras estão sendo paralisada porque o governo não paga. Nogueira citou a cidade de Buriti dos Montes, de onde a Construtora Jurema teria retirado as máquinas por falta de pagamento. “Há um verdadeiro cemitério de obras inacabadas, de obras paradas no Piauí. Infelizmente não é só a de Piracuruca, O Piauí todo tem obra parada”, garantiu o deputado, ex-secretário das Cidades do governo Wellington Dias.

Robert Rios rebateu a afirmação do colega, afirmando que “essa mesma infâmia foi espalhada em Piracuruca, afirmando que as obras estão paradas por falta de pagamento”

“O Governo pagou a contrapartida e o dinheiro já está no bolso do seu João (Claudino) e a obra não é executada. Essa mesma infâmia tem sido espalhada para justificar a paralisação das obras., mas é preciso que se diga que só ontem chegou à Caixa Econômica as medições da obra. Eles queriam receber o dinheiro antes da medição ou buscavam apenas uma desculpa para paralisar a obra?” questionou Rios.

O deputado disse que o povo não tem dono, não é gado, é gente. “O povo de Piracuruca, que trabalhava na obra e foi demitido, não almoçou, não jantou. E quem vai pagar a fome dessa gente?”, indagou. Segundo Rober Rios, se o dinheiro está aqui, foi por emenda do deputado federal Osmar Júnior. “E eu não livro a Caixa Econômica Federal, onde existe excesso de burocracia. Forças poderosas estão por trás dessa paralisação criminosa. Faremos atos públicos na construtora Sucesso, na Caixa Econômica, onde for preciso para que a obra não continue parada”, prometeu.
Levantamento

O deputado João de Deus (PT) lembrou um levantamento feito por determinação do governador Wilson Martins (PSB) sobre o andamento das obras, revelou que em todas não houve reclamação sobre pagamento, apenas do atraso nas medições.

“A empresa Sucesso é a que tem o maior volume de obras conveniadas no Piauí. Se fosse problema de pagamento, ela não estaria suspendendo apenas uma obra, mas todas as obras. Se há uma questão política é preciso se saber. Trecho Cabeceiras José de Freitas está em andamento acelerado. Sou testemunha que mesmo havendo problemas nas medições, não houve atraso dos repasses por causas de burocracia”, acrescentou.

Hélio Isaías, líder do PTB, disse que o DER não foi citado. “Vossa Excelência faz muito bem o seu papel. Quero reforçar, no entanto, a questão dos prazos das medições pelo DER. As medições não ficam a cargo das empresas, mas dos órgãos fiscalizadores, como o DER. Vou levar o seu pleito à Construtora Sucesso, mas vou buscar junto ao DER as informações sobre as medições dessa obra. A reclamação é geral contra obras paradas por conta da burocracia”, disse.

Rios afirmou ter ido ao DER e ter sido informado da situação. “O presidente da Caixa deve vir a público e dizer desse atraso. Dizem que o dinheiro fica lá para gerar juros, sendo especulado pela Caixa. Por isso é que a Caixa tem que se explicar. Empreiteiros não querem mais construir casa para o Governo Federal por conta de toda sorte de dificuldades criadas para que esses recursos não sejam liberados, gerando saldos na Caixa”, denunciou.
Em aparte, Leal Júnior (DEM) disse que o fato dos recursos estarem na Caixa não significa que o dinheiro tenha sido liberado para as empresas responsáveis pela obras. “O foco está errado, permita-me afirmar deputado. Não é a construtora, mas a Caixa que deve ser questionada. A hora é do ex-governador Wellington Dias, do governador Wilson Martins, denunciarem que a Caixa Econômica está inviabilizando a obra de Piracuruca por causa do excesso de burocracia”, sugeriu.

Rios retrucou que há um jogo de empurra-empurra entre a Caixa e a empresa reposnável pela obra em Piracuruca. “Várias empresas, inclusive as pequenas, que constroem casas do Programa Minha Casa, Minha Vida, tem reclamado da burocracia da Caixa”.
Mauro Tapety (PMDB) disse que não há falta de recursos para as obras, mas o excesso de burocracia da Caixa. “Se o DER fez a medição e a Caixa não repassa as obras, que se denuncie a Caixa. O povo é que tem sido vítima dessa burocracia. Não podemos é acusar as empresas que tem o interesse não só de trabalhar, mas de conseguir os lucros. No Centro Sul, a obra de Oeiras a Simplício Mendes também foi paralisada. Temos é que denunciar mesmo. Foi construído dez quilômetros e depois a obra foi parada”. Robert Rios prometeu voltar todos os dias à tribuna para cobrar a retomada da obra.

Presos

Antes de encerrar o discurso, Robert Rios leu a manchete do jornal Meio Norte: "Presos são bons e mutirão solta 17%".

“De vez enquantop eles etupram, matam pais de famílias, roubam o comerciante, assaltam e enchem os empresários de bala, espancam as pessoas nas ruas, mas são bons. No Piauí quem não é bom é o cidadão. Quem é bom é preso. É uma desgraça, uma lástima. Quantos piauienses foram assaltados ontem, mas eles são bons. Quem não presta somos nós”, concluiu.

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