Nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (10), a Polícia Civil do Piauí deflagrou a Operação Sorte Premiada e cumpriu mandados de prisão, busca e apreensão contra acusados de aplicarem golpes na modalidade de crime Phishing, em que os criminosos enviavam mensagens de textos sobre premiações falsas, incluindo o programa Nota Piauiense, do Governo do Estado. Quatro pessoas foram presas na cidade de Parnaíba.
De acordo com o delegado Anchieta Nery, da Polícia Civil do Piauí, a operação foi coordenada pelo GPE (Gerencia de Polícia Especializada). “Os criminosos enviavam mensagem de texto informando que a pessoa teria ganhado um prêmio ou sorteio e que a vítima deveria entrar em contato para resgatar o prêmio. Mas, na verdade, o criminoso aplicava um golpe, ele ensinava para ela comandos para fazer transferências bancarias para o criminoso, ao invés de ganhar o prêmio”, explicou o delegado ao GP1.
- Foto: Lucas Dias/GP1Delegacia Geral
"Eram pessoas aleatórias, eles discavam números aleatórios e disparavam até 500 mensagens de uma vez só. Foram 200 vítimas tentadas e 30 vítimas consumadas, também ocorreram prisões pela Polícia Civil nos estados do Distrito Federal e do Maranhão", contou o delegado.
Em entrevista ao GP1, o delegado Mateus Zanatta, que comandou as investigações no estado, disse que o crime está sendo realizado em todo o Brasil e que eles enviavam mensagens de vários programas e sorteios, além da nota piauiense. Os presos foram identificados como Diego, Lívia, Ramon e o Laércio, todos em Parnaíba. O montante aplicado nos golpes está por volta de R$ 100 mil.
- Foto: Alef Leão/GP1Matheus Zanatta
"Uma das histórias era se passando pela Secretaria de Fazenda, informando que a pessoa havia sido premiada pelo programa nota legal e para receber bastava se dirigir ao banco. Quando chegava até o caixa, a vítima ligava para o golpista para ele passar as informações para ele, mas as informações que eram passadas se tratava de uma transferência para o golpista," informou o delegado.
O delegado ainda aproveitou para alertar a população sobre esses casos, que estão sendo recorrentes no Brasil, "não clicar em links enviados por mensagens e verificar se essas mensagens são verídicas. Não acreditar e ir até o estabelecimento para confirmar se é verdade," completou o delegado Zanatta.
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